31/05/2019 às 06h35min - Atualizada em 31/05/2019 às 06h35min

Bancários pedem cabeça de PH para BRB não quebrar

Notibras

O Banco de Brasília, que tem em seus quadros mais de mil servidores concursados, pode fechar as portas por má administração. Esse temor foi transmitido a Notibras por um grupo de funcionários, inconformados com as diretrizes traçadas pelo presidente Paulo Henrique Costa.

A mais nova denúncia foi feita no final da tarde desta quinta, 30: Paulo Henrique assinou um contrato publicitário no valor de 60 milhões de reais, válido por cinco anos, para expor a marca do BRB em um um painel do Aeroporto de Brasília.

A matemática é simples, é uma ciência exata que não admite erros. O custo mensal do contrato é de 1 milhão de reais. Por ano, totaliza 12 milhões. Vezes cinco, 60 milhões de reais. Esses são os números reais.

Ocorre que o orçamento de publicidade do banco gira em torno de 18 milhões de reais anuais. É uma verba para ser distribuída teoricamente entre diversos meios de comunicação, como emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, sites e mídia exterior – no caso, os out-door e bus-door.

O anúncio do espaço ocupado pelo Banco de Brasília no Aeroporto JK foi feito em vídeo contratado a uma produtora de São Paulo. No filme, rodado nas instalações do próprio aeroporto – um espaço público -, Paulo Henrique, que aparece como garoto-propaganda, faz auto-promoção da sua imagem, o que é caracterizado, pela legislação vigente, como improbidade administrativa. A pena, em caso de condenação, vai de multa, demissão, perda de direitos políticos e até prisão.

Os servidores do banco decidiram bater na porta do sindicato da categoria, que terá nova direção a partir do próximo mês. Mas já há um movimento para levar o caso ao conhecimento do Banco Central e a procuradores e promotores do Ministério Público.

Procurado, o Palácio do Buriti disse desconhecer a iniciativa de Paulo Henrique Costa. Já a Consultoria de Comunicação e Marketing do BRB decidiu manter silêncio sobre o assunto.

Duas agências de Publicidade que atendem as contas do Banco de Brasília tiveram posturas diferentes. A Cálice Propaganda, viu um erro de estratégia do BRB e negou ter desenvolvido o projeto. Por sua vez, a NBS Comunicação e Marketing não retornou as ligações.

 

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