A acusada estava foragida desde a época do crime, cometido em 10 de dezembro de 2016, na casa das vítimas, no Conjunto E da QNN 36. Cleide e os dois comparsas, Jairo Rodrigo de Sousa e Uermerson Monteiro da Silva, atearam fogo no barraco dos irmãos enquanto eles dormiam, pela madrugada. Jeferson e Jackson não conseguiram sair do local e morreram.
Após o crime e a investigação, policiais chegaram até a autoria. Eles eram moradores de rua e teriam cometido o duplo homicídio por uma dívida de drogas e um suposto abuso sexual de uma mulher. Jairo e Uermerson foram presos preventivamente durante apuração da delegacia, no entanto, Cleide conseguiu escapar e teve o processo suspenso temporariamente na Justiça.
Os homens passaram por julgamento e receberam penas acima de 20 anos em decorrência da periculosidade concreta dos acusados: Uemerson era reincidente e Jairo era condenado por tráfico de drogas. A motivação do crime, no entanto, não foi comprovada durante o julgamento.
"Trata-se de uma criminosa extremamente perigosa, que conseguiu ficar impune pelo crime bárbaro durante todos estes anos. Conseguimos chegar até a Cleide hoje por meio de uma denúncia anônima. Ela continuava vivendo nas ruas e alguém a reconheceu", esclarece o delegado Maurício Iacozzilli, adjunto da 23ª DP.
Cleide está detida na delegacia, mas será encaminhada para o Departamento de Controle e Custódia de Presos (DCCP). Posteriormente, agentes a levarão para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, onde a acusada aguardará julgamento pelos assassinatos.