06/06/2019 às 07h39min - Atualizada em 06/06/2019 às 07h39min

Última acusada de matar irmãos queimados vivos é capturada em Ceilândia

Jeferson e Jackson foram assassinados em 2016. Dois dos envolvidos nos assassinatos foram condenados, mas uma mulher ainda estava foragida e teve o processo suspenso

Quase três anos após o assassinato brutal dos irmãos Jeferson Pereira da Silva e Jackson Junio Pereira da Silva, de 39 e 42 anos, a última envolvida no crime foi capturada. Agentes da 23ª Delegacia de Polícia (Setor P Sul) encontraram Cleide Maria da Conceição, 46, em uma parada de ônibus da EQNN 23/25, em Ceilândia. A ação ocorreu na tarde desta quarta-feira (29/5). 

 

A acusada estava foragida desde a época do crime, cometido em 10 de dezembro de 2016, na casa das vítimas, no Conjunto E da QNN 36. Cleide e os dois comparsas, Jairo Rodrigo de Sousa e Uermerson Monteiro da Silva, atearam fogo no barraco dos irmãos enquanto eles dormiam, pela madrugada. Jeferson e Jackson não conseguiram sair do local e morreram. 

 

Após o crime e a investigação, policiais chegaram até a autoria. Eles eram moradores de rua e teriam cometido o duplo homicídio por uma dívida de drogas e um suposto abuso sexual de uma mulher. Jairo e Uermerson foram presos preventivamente durante apuração da delegacia, no entanto, Cleide conseguiu escapar e teve o processo suspenso temporariamente na Justiça. 

Os homens passaram por julgamento e receberam penas acima de 20 anos em decorrência da periculosidade concreta dos acusados: Uemerson era reincidente e Jairo era condenado por tráfico de drogas. A motivação do crime, no entanto, não foi comprovada durante o julgamento. 

 

"Trata-se de uma criminosa extremamente perigosa, que conseguiu ficar impune pelo crime bárbaro durante todos estes anos. Conseguimos chegar até a Cleide hoje por meio de uma denúncia anônima. Ela continuava vivendo nas ruas e alguém a reconheceu", esclarece o delegado Maurício Iacozzilli, adjunto da 23ª DP. 

  

Cleide está detida na delegacia, mas será encaminhada para o Departamento de Controle e Custódia de Presos (DCCP). Posteriormente, agentes a levarão para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, onde a acusada aguardará julgamento pelos assassinatos. 


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