09/06/2019 às 11h14min - Atualizada em 09/06/2019 às 11h14min

Soldado espancado no Batalhão Presidencial cobra R$ 500 mil da União

Advogada que entrou com a ação era militar e também acionou a Justiça contra o Exército. Caso foi revelado pelo Metrópoles em março

Metrópoles

ex-soldado Gabriel Reis, espancado por colegas de farda durante o período em que serviu ao Exército no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), processou a União e pede do Estado uma indenização de R$ 500 mil. Gabriel é representado pela advogada Blenda do Nascimento, que também litiga na Justiça contra a corporação, em razão de um desligamento da 11ª Região Militar, onde trabalhou por mais de três meses, após aprovação em concurso público para oficial.

 
 

Blenda ficou na primeira colocação no certame entre os candidatos formados em direito. Mesmo sendo praticante de atividades físicas e com os trabalhos já iniciados no Exército, a advogada foi dispensada pela junta médica.

A defensora também denunciou a prática de assédio moral, violência psicológica, constrangimento e perseguição por ter questionado supostas irregularidades no concurso. Hoje, pede na Justiça a reincorporação aos quadros da instituição.

 

“É um ambiente muito complicado. E, como eles ficam acima do bem e do mal, não tem quem fiscalize. Fazem o que querem, especialmente com os recrutas.”

Após as agressões no BGP terem sido reveladas pelo Metrópoles em março, a advogada se interessou pela história de Gabriel e o procurou para defendê-lo, na Justiça, em uma ação por danos morais e materiais. O processo corre na 7ª Vara Federal Cível do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Para ajudar com as despesas de saúde do cliente, Blenda criou uma vaquinha on-line, com o objetivo de arrecadar R$ 1,5 mil.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »