O bom filho à casa torna – mesmo que pais e padrinhos se mostrem contrariados, pelo dever de casa mal feito. Essa é a atual situação do senador brasiliense Antônio Reguffe (sem partido) que, com a proximidade das eleições municipais (ele espera ter alguma influência na região do Entorno) e com um quadro político melhor desenhado no Congresso Nacional, procura uma legenda para se filiar.
O senador andou vasculhando diferentes frentes, do PTB ao PP, passando pelo PSB de Rodrigo Rollemberg. Entretanto – é o que avaliam seus correligionários -, o destino de Reguffe será mesmo o velho e querido (dele) PDT.
O ingresso dele no Pode, ex-Podemos, até haveria uma chance, mesmo que remota. Porém, essa alternativa estaria descartada, segundo avaliação de diferentes lideranças do Distrito Federal. Nos meios políticos ainda se comenta que Reguffe, em 2018, teria supostamente ajudado outras legendas, em detrimento da aliança formada pelo também senador Álvaro Dias, que disputou a Presidência da República pelo Podemos.
“O poder mudou e com ele mudou o Podemos. O Pode mudou junto. Embora senador seja figura importante, não pode querer ser dono de tudo”, confidenciou um parlamentar com assento na Câmara Legislativa, sugerindo, a propósito, que Reguffe deve voltar às origens em 2022, disputando uma cadeira de deputado distrital. Justamente pelo PDT, que o alçou à vida pública na carona de Cristóvam Buarque.