Em nota, a Polícia Militar confirmou que os três mortos não faziam mais parte do quadro de efetivos, “sendo dois excluídos das fileiras da corporação e o terceiro demitido há alguns anos”. O militar da ativa preso foi encaminhado à Corregedoria, que vai tomas as providências legais.
O Comando de Patrulhamento Especializado (CPE) recebeu uma denúncia informando sobre um grupo que estaria se preparando para assaltar uma fazenda. Segundo as investigações, Elon Pereira, Arnaldo Matos Lima e Everton Carlos Rodrigues da Cunha, que eram ex-policiais, estavam armados, usando camisetas da Polícia Civil e capuzes.
Quando o CPE chegou ao local, encontrou os três suspeitos e houve troca de tiros. Eles morreram no local. “Eles pretendiam roubar uma fazenda que seria do João de Deus e que teria dinheiro lá. Pela notícia que os militares receberam, era muito dinheiro”, disse a delegada Emili Bailone, que registrou o caso na delegacia.
O sargento Cláudio Gomes dos Santos foi preso momentos depois por outra equipe. Ele estava fardado, em um carro particular e com coletes antibalísticos. “Ao que percebemos, ele ficava de olheiro na rodovia dando suporte”, disse a delegada.
Ele vai responder por associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo. O advogado Daniel Louredo, que defende o sargento, disse que o policial alegou que não tem nenhuma participação no crime e que sua inocência ficará comprovada ao longo da investigação.
A Polícia Civil ainda vai apurar se a fazenda que seria alvo realmente era do João de Deus, bem como as circunstâncias do confronto e envolvimento de cada um.
João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, acusado de abusos sexuais contra mulheres durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Ele chegou a ficar pouco mais de dois meses internados em um hospital, mas voltou ao presídio no último dia 6.