A ex-deputada federal Jaqueline Roriz e a irmã mais velha dela, Weslliane Roriz, foram condenadas a 3 anos de prisão em regime aberto, pelo crime de lavagem de dinheiro, e ao pagamento de multa no caso do edifício Monet, em Águas Claras. O episódio foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que acusava o ex-governador Joaquim Roriz de interferir na liberação de empréstimo de quase R$ 7 milhões do Banco de Brasília (BRB) aos irmãos Roberto e Renato Cortopassi para a construção do prédio residencial.
Segundo os promotores que atuaram no caso, o clã teria distribuído 12 apartamentos entre os familiares. A sentença é da 2ª Vara Criminal de Brasília. Inicialmente acusados, Roriz e a caçula, a ex-deputada distrital Liliane Roriz, não foram condenados na ação.
O processo criminal contra o ex-governador foi extinto em fevereiro de 2018, quando o juiz substituto da 2ª Vara Criminal de Brasília, André Ferreira de Brito, homologou o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que atestou a insanidade mental do político. O político morreu em setembro do ano passado. Liliane também foi inocentada da ação penal pelo colegiado, em janeiro.
Ainda foram condenados na ação fazendária Roberto Cortopassi Junior e Renato Salles Cortopassi. Eles deverão cumprir 5 anos 8 meses de reclusão em regime inicial semiaberto. A pena do ex-presidente do BRB Tarcisio Franklin de Moura, de Antonio Cardozo de Oliveira e Geraldo Rui Pereira, também réus no processo, foi fixada em 2 anos e 8 meses de reclusão em regime inicial aberto. Todos os réus terão também que pagar multa. Ainda cabe recurso da decisão.
Ao Metrópoles, o advogado da família Roriz, José Milton Ferreira, classificou a condenação como “inteiramente absurda” e acredita que ela será revertida. O defensor informou que recorrerá da sentença. “Esse caso é uma história criada pelo Ministério Público. Já foi objeto de uma ação de improbidade que foi julgada improcedente, e ainda teve julgamento pelo TJ no qual a Liliane foi absolvida. Não conheço ainda a decisão porque não foi publicada, mas é inteiramente absurda e contraria os precedentes”, disse.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados que representam os irmãos Cortopassi, tampouco com o defensor de Tarcisio Franklin de Moura. O espaço está aberto para manifestações.