28/06/2019 às 09h44min - Atualizada em 28/06/2019 às 09h44min

Guerra silenciosa anti-Bolsonaro jorrará sangue?

Ka Ferriche
NOTIBRAS

Uma silenciosa e engendrada guerra interna pelo poder no Brasil está em curso. Há um risco iminente que ela tome proporções reais e que os canhões, hoje representados pelas canetas de alta patente nos Três Poderes, tomem as ruas. Essa projeção é feita por analistas especializados em análise de cenários.

Na explanação reservada, à qual Notibras teve acesso na condição de não gravar ou revelar fontes, é inevitável perceber as incontáveis evidências de uma dura batalha que até agora deixou apenas um ferido – o próprio presidente da República –, mas que poderá desencadear conflitos reais e sangrentos, caso as artilharias jurídica e legislativa persistentes e francamente dirigidas ao poder Executivo, continuem disparando decisões que impeçam a reconstrução do Estado, depois de lesado e em ruínas, segundo eles, pelas mesmas mãos e mentes que atiram diuturnamente em Bolsonaro e sua tropa.

A análise assusta, prevê sangue e a divisão do país. O termômetro dos especialistas indica que o nível máximo de tolerância com o acúmulo de ataques foi atingido. Não é uma opinião isolada, de grupos extremistas de direita ou de esquerda. A fundamentação é ilustrada por dezenas de fatos, desde o ataque do “maluco” impune Adélio até as últimas decisões do STF e do Congresso Nacional.

Essa fundamentação ganha densidade na medida em que os fatos são conectados até o ápice do que consideram enfrentamentos que desafiam a ordem jurídica, social e institucional do Brasil. Entre as questões estão, como exemplos, a decisão do presidente do STF Dias Toffoli de combater fakenews confiscando o computador de um general, enquanto um jornalista estrangeiro, com histórico de mau comportamento em outros países, distribui conversas criminosamente obtidas, sem provas da veracidade de seu conteúdo, mas que não é incomodado. Consideram mais que um deboche e acreditam que o momento de aplicar a Lei de Segurança Nacional é agora.

Segundo os especialistas, a aplicação da LSN é menos subjetiva que a decisão da prisão em segunda instância, que membros do STF insistem em revisar. Outra afronta ao Palácio do Planalto. Para a opinião de extremistas, Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, já deveria ter sido enquadrado e expulso do país. O Artigo 20 da LSN diz: “Devastar, saquear, extorquir, roubar, seqüestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas” (grifo nosso).

Sendo o conteúdo fruto do crime, obtido sem autorização judicial, sem comprovação de autenticidade, uma fake de fato, que atinge uma autoridade, não é um ato terrorista?

Perguntas como essa estão tomando os gabinetes da inteligência oficial. A guerra já é franca nas redes sociais, as mesmas que o STF se diz guardião. As razões identificadas para consolidar o poder são, do lado petista e seus poderosos simpatizantes, o controle financeiro para perpetuar o financiamento de um projeto internacional comunista, além do enriquecimento ilícito, como já ficou provado. Quanto aos atuais ocupantes do Palácio do Planalto, é vencer o inimigo predador e estabelecer um novo tempo de reorganização e crescimento nacionais.

As motivações de ambos são claras e irrefutáveis, mas a desinformação da população é uma dificuldade adicional para o atual governo. Mesmo entre seus apoiadores, não há ampla compreensão do que está ocorrendo. Radicais de direita cobram a aplicação do Artigo 142 da Constituição, que poderá ser interpretado à luz da ocasião, segundo eles. Lá está: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem” (grifo nosso).

Mais de 50 milhões de brasileiros entenderam em 2018 nas urnas que, por iniciativa “da lei e da ordem”, o novo presidente poderia acionar o Art. 142. Essa é apenas uma das interpretações encontradas. Mas os generais foram unânimes todo o tempo em negar qualquer disposição para um regime de força. Até agora.

O Congresso Nacional, ao tentar impedir que os civis de bem possuam armas em suas casas – exclusivamente aqueles que sejam habilitados e que desejem – está verdadeiramente armando o inimigo público, não habilitado e clandestino, que mata inocentes a cada minuto com armas de grosso calibre.

O que os deputados e senadores têm contra o armamento legal? Estão advogando a favor de quem? A resposta é clara até para leigos úteis: estão preservando uma milícia preparada para combater civis honestos e desarmados. É muito grave. É subverter a ordem social, impedir a defesa da família e da propriedade. Assim afirmam os impacientes.

As famílias vão entregar rosas aos criminosos comunistas em caso de conflito? Atos legislativos sucessivos sequer amenizam ou disfarçam a gana em destruir Bolsonaro e com ele a esperança da maioria da população. A temperatura aumenta a cada dia. A guerra aí está, acontecendo na porta das casas, mesmo com a aparência de que o mundo está em paz.

Muitos avisados da manobra estão imprimindo uma campanha para que os brasileiros comprem suas armas com urgência, na primeira janela que a lei permitir, antes que seja tarde. Lembrando que ninguém está obrigado a adquirir uma pistola e uma caixa de balas. Compra quem quiser e for autorizado legalmente. O argumento difundido pelos armamentistas é o de que a democracia precisa de combatentes, não só de vítimas. A Venezuela e o Paraguai são considerados portas de entrada para armamentos da Rússia e China que poderão chegar aos soldados vermelhos ilegais, que já estão muito bem armados.

Destacam os defensores do governo, o Art. 8 da LSN como outro motivo para aplicar a lei contra esse tipo de crime: “Entrar em entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil”.

Os mais exaltados perguntam onde está nosso serviço secreto para descobrir o que foram fazer na China as senhoras Dilma Rousseff e Gleise Lula Maduro Hoffmann. Nenhuma autoridade da inteligência foi ou será ouvida, portanto, quem é que sabe? Consideram, ainda, a ida de Sergio Moro ao Senado outro deboche provocado pela oposição, que está cansada de saber da idoneidade do servidor da Justiça, tido pelos militantes da esquerda como inimigo do rei do ABC, por tê-lo colocado atrás das grades.

Agora ministros do STF questionam a permanência de Lula na prisão. Contrariam suas próprias decisões por conveniência. Se a guerra sem pólvora é franca, até agora só os mocinhos do momento têm registrado baixas. É mais urânio enriquecido no conflito. Todos no atual governo estão apanhando e são motivo de chacotas de criminosos armados até os dentes. Outros mostram os dentes descontraidamente a cada manobra maldosa imposta com suas poderosas canetas calibre 0,5. Nem se importam com a opinião pública.

No mapa de risco de uma colisão mais grave, já há a previsão de entrada de cidadãos dos países que foram liberados de vistos e que podem chegar em até 10 horas ao território brasileiro. Estão de plantão. Ninguém está de braços cruzados. Os inimigos da recuperação do Brasil poderão ter uma grande surpresa e perder o sorriso que distribuem a todo momento, quando disparam suas atitudes, sob o manto da legalidade, utilizadas para subverter a ordem e o progresso como nas últimas décadas. Legalistas juram que chegamos ao insuportável.

Haverá, sim, sangue derramado se a ousadia dos apoiadores de criminosos, instalados nos mais altos poderes, insistirem nessa estratégia nefasta. Para os entendidos, o pavio está aceso e poderá acionar a bomba em poucos dias. Será? Nacionalistas dizem que já passou da hora.

Ao final da exposição, com detalhes estratégicos não totalmente revelados, e agora de forma sinistramente descontraída, veio um comentário que, no mínimo, não deixa de ser enigmático: “Os comunistas não poderão reclamar de hospitalidade. Eles gastaram bilhões e construíram luxuosos e confortáveis estádios em todo o Brasil.” O que será que ele quis dizer?


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