A Justiça Federal de São Paulo ratificou o recebimento de denúncia feito pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Aécio Neves. Ele se tornou, portanto, réu por corrupção passiva e tentativa de obstrução das investigações da operação Lava Jato.
As delações do empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, que afirmou ter pago propina ao deputado e sua irmã no valor de R$ 2 milhões em 2017, deram origem à acusação. A irmã de Aécio, Andréa Neves, um primo dele e um assessor parlamentar também são acusados de corrupção passiva.
Vale lembrar que em março de 2019, o STF bloqueou R$ 1,7 milhão em bens de Aecio Neves. O caso estava sendo investigado pelo STF, mas foi transferido para São Paulo após a decisão de que o foro refere-se a crimes cometidos no cargo e função dele que, à época, era senador.
A decisão partiu do juiz Federal João Batista Gonçalves, que determinou que tanto Aécio quanto os outros réus sejam intimados para oferecer resposta à acusação feita.