Quando março (ou abril) chegar, a grande surpresa pode ser a delação premiada do ex-senador Gim Argello, do PTB do Distrito Federal.
Num primeiro momento, o petebista estaria resistindo a fazer delação premiada. Mas os meses de prisão teriam quebrado sua resistência, sobretudo porque estaria adoentado, com um quadro de hipertensão. Ele estaria se sentindo “solitário” e “abandonado” por aqueles que considerava como “amigos do peito”. A hipótese de permanecer na cadeia por mais de seis anos — saindo já mais velho — desagrada-o.
Aliados sugerem que o objetivo do ex-senador não é “detonar” amigos ou aliados. Mas não quer pagar sozinho. Portanto, se tiver a pena reduzida, inclusive com a possibilidade de cumpri-la em liberdade, não hesitará em “entregar” figurões de Brasília — de vários partidos.
Para consumo público, Gim Argello possivelmente contestará a informação de que fará delação premiada. Privadamente, a história é outra. O ex-senador não suporta mais ficar preso e estaria disposto a colaborar com o Ministério Público Federal e com a Justiça Federal.