20/07/2019 às 13h18min - Atualizada em 20/07/2019 às 13h18min
Em quem o eleitor evangélico deve votar?
O crente tem que aprender a não ser refém do chamado voto de cabresto!
VITAL FURTADO
CSM
Bíblia não diz em quem devemos votar mas nos dá algumas orientações para fazer uma escolha sensata. Cada cristão deve votar no candidato que acha mais adequado para governar. Nenhum candidato é perfeito e nenhum cristão está obrigado a votar em um partido específico. No entanto, devemos levar o voto a sério e tentar fazer uma escolha bem informada. Nos tempos da Bíblia não havia democracia. Por isso, a Bíblia não fala diretamente sobre como votar. Mas há vários princípios gerais que podem ser aplicados para tomar uma decisão:
Analise suas opções
1 Tessalonicenses 5:21 diz que devemos analisar tudo com cuidado e ficar com o que é bom. Isso vale tanto para profecias (que é o contexto desse versículo) quanto para candidatos políticos. Algumas informações básicas que você deve pesquisar são:
Quem são os candidatos em que posso votar?
A que partido pertence cada candidato? Quais são os valores do partido?
Quais são as políticas que o candidato promove? Com quais você concorda ou discorda?
O candidato é íntegro? É conhecido por ser uma pessoa de confiança/não ser corrupto, caloteiro ou coisa parecida? O candidato fez um bom trabalho nos cargos que exerceu no ministério, é assíduo nso cultos, tem testemunho? Essas perguntas ajudarão a ter uma visão mais clara sobre as possibilidades. Uma boa ideia é criar uma lista dos prós e contras dos candidatos que você está considerando. Nenhum candidato vai ser perfeito mas uns vão ser melhores que outros.
Você também precisa pensar quais são as coisas que você acha que são mais importantes para sua comunidade ou país nesse momento. Por exemplo, qual seria melhor: um candidato com uma boa política econômica mas fraco na educação, ou o contrário? Quais devem ser as prioridades para o país nos próximos anos?
Não cabe a pastor e a nenhum obreiro vender o seu voto e muito menos dizer em quem você deve votar. Pois, eu particularmente não acredito em um messias professando que um mundo perfeito se constrói a partir do momento em que crentes são eleitos, nem tampouco comercializo o rebanho de Cristo, ou trocando os nossos votos por interesses a políticos.
1. O seu voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão de que o cristão tem de seu País, Estado e Município;
2. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção;
3. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;
4. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar, é organizar palestras com representantes das correntes partidárias para que eles ouçam e sejam ouvidos pelo nosso segmento.
5. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade. E mais: Um político de fé evangélica tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um “despachante” de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.
6. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja. Mesmo assim, sabemos que nos bastidores da política “espiritual” há acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem na prostituição da consciência da fé cristã, mesmo que a “recompensa” seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.
7. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.