24/07/2019 às 06h23min - Atualizada em 24/07/2019 às 06h23min

PF adia depoimento de suspeitos de invadir celular de Moro

Advogado de dois dos detidos exigiu que interrogatório só ocorresse quando ele chegasse a Brasília para acompanhar os clientes

Os quatro suspeitos de hackearem os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, presos pela Polícia Federal (PF) na tarde desta terça-feira (23/07/2019), estão em Brasília para prestar depoimento. Um dos identificados pela PF como possível autor dos vazamentos de mensagens é o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos, preso em São Paulo e que trabalha na área cultural em Araraquara (SP). Além dele, há uma mulher, cujo nome revelado é Suellen Priscila de Oliveira.

A pedido da defesa, a Polícia Federal adiou o depoimento de ambos para quando o advogado que os defenderá, Ariovaldo Moreira, estiver em Brasília.

Além do casal, detido em São Paulo, a PF prendeu Walter Delgatti Neto, em Araraquara. Há ainda um quarto preso, de Ribeirão Preto, que não foi identificado.

Os quatro suspeitos de hackear os celulares de autoridades foram transferidos para Brasília e levados para a Superintendência da PF do Distrito Federal. A ação, batizada de Operação Spoofing, foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

Eles chegaram por volta das 18h à capital federal e, segundo a PF, apenas dois deles permanecerão na carceragem da Superintendência por questão de espaço. Os demais foram levados por volta das 23h para local não informado.

Segundo Moreira, a Polícia Federal estaria “impedindo sua atuação na defesa do cliente”. O advogado disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers. Segundo o defensor, Santos já foi condenado em outro caso pelo Tribunal de Justiça de SP por porte ilegal de arma.


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