Os dirigentes dos partidos de esquerda, onde se destacam PT, PDT, Psol, Rede e PCdoB, estão rachados e perdidos na estratégia de combater o cada vez mais consolidado bolsonarismo.
No Congresso Nacional, a ideia que se tem é a de que, cheias de estrelas que circulam em suas próprias órbitas, expressivas lideranças políticas não conseguem falar a mesma linguagem quando o objetivo é a unificação de um tema para as eleições municipais do próximo ano.
A coluna BR18, do Estadão, define bem esse clima. Lembra que entrevistas com expoentes não só da esquerda, mas também da direita liberal, mostram um estado em comum: todos eles falharam ao mirar Bolsonaro. Não sabem debater temas da atualidade e se deixam levar por polêmicas vazias e pontuais das redes sociais.
O Movimento Brasil Livre – em nome da direita – e o PT, nau que atrai a esquerda, reconhecem em Bolsonaro o promotor dos debates políticos do primeiro semestre. Agora, embora timidamente, ensaiam guinadas em sua forma de atuação.
A esquerda, por exemplo – diz o Estadão -, reconhece tardiamente que abandonou o debate econômico e ficou presa às controvérsias de costumes. Faltou, no entanto, um mea culpa mais importante: o fato de que o PT, sobretudo, ficou preso ao “Lula Livre” e à obsessão com Sérgio Moro e a Lava Jato e foi um ator inexistente em discussões relevantes, como a reforma da Previdência.