07/08/2019 às 06h54min - Atualizada em 07/08/2019 às 06h54min

Secretário de Segurança escolherá novo comandante da PMDF, diz Ibaneis

Corporação amanhece nesta quarta com expectativa por novidades. Na noite dessa terça, Anderson Torres conversou com distritais sobre o tema

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acorda nesta quarta-feira (07/08/2019) com a expectativa para saber quem será o novo comandante-geral. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse ao Metrópoles que cabe ao secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, a responsabilidade de escolher o novo chefe da corporação.

Nessa terça (06/08/2019), mesmo dia em que foi publicada a exoneração da coronel Sheyla Soares Sampaio do cargo de comandante-geral da PMDF e quando ocorreu a oficialização da saída do coronel Marcus Paulo Koboldt da chefia da Casa Militar, Torres reuniu-se com deputados distritais da base.

Na ocasião, o secretário confirmou que a escolha lhe caberá, mas a decisão não será tomada sem ele ouvir outras pessoas. Aos parlamentares, o titular da pasta de Segurança Pública ainda pediu ajuda para a liberação de emendas, especialmente para instalar câmeras e sistemas de vigilância no Distrito Federal.

O secretário não deve demorar para definir o novo comandante-geral, que precisará demonstrar afinidade com as políticas da atual gestão. A falta de alinhamento com os planos e objetivos do governo foi justamente o que provocou as quedas dos coronéis Sheyla e Koboldt.

Anderson Torres confirmou que esse “desalinhamento” com as ideias de Ibaneis tornou a permanência de ambos insustentável nos respectivos cargos.

Um dos assuntos que externaram as diferenças de opinião entre o comando da PMDF e o governo foi a criação de unidade de saúde específica para atender todos os servidores das forças de segurança do Distrito Federal. O projeto prevê que o Hospital da Segurança Pública assista, em tempo integral, exclusivamente integrantes da PMDF, da Polícia Civil (PCDF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), no espaço onde hoje funciona a Policlínica da Polícia Militar.

O Fórum das Associações Representativas dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares do DF, entidade que reúne 14 instituições, já havia feito críticas à medida e nessa terça-feira, após a exoneração da coronel Sheyla, voltou a questionar a iniciativa.

“O secretário é o chefe operacional da segurança pública do Distrito Federal, porém não tem respaldo legal para determinar que a PMDF abdique do seu hospital para atender a um capricho intempestivo”, afirmou a entidade, por meio de nota. Ibaneis disse que não comentaria a comunicação. “É decisão de governo”, pontuou.

Despedida

Horas após a exoneração, a coronel Sheyla divulgou nota na qual destacou os quase 30 anos de carreira na PM. “O juramento, prestado quando ainda muito jovem, de preservar a vida do próximo, foi honrado a cada instante”, reforçou.

Primeira mulher a comandar a PMDF, Sheyla se disse orgulhosa desse pioneirismo. “Levo comigo o orgulho de sempre ter prezado pela defesa da valorosa Polícia Militar, marca da minha gestão, e de ter sido a primeira mulher a estar à frente de uma instituição militar bicentenária.”


 

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