Cachorros vira-latas não brigam. Andam em bando. Ladram muito, mas não se mordem mutuamente. Especialmente quando os líderes da matilha são os mais covardes, menos qualificados e mais comprometidos. Um engaveta de lá, o outro arquiva de cá. E assim segue a relação criminosa entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
No plenário do Congresso, realizam discursos inflamados e vazios, desferindo ameaças contra a tirania do Judiciário, mas nada acontece. Ainda há aqueles covardes que assinam o protocolo e quando escutam o latido ameaçador do Judiciário, o retiram sob argumentos pueris.
Vamos para a terceira tentativa de implantação da CPI. Na primeira vez, os senadores Kátia Abreu, Tasso Jereissati e Eduardo Gomes retiraram suas assinaturas, alegando que o requerimento não tinha fato determinado.
Na segunda, apesar de listados 13 fatos, dentre eles, situações envolvendo os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, protocolado com 29 assinaturas, foi bloqueado pelo presidente Davi “Alcalheiros”, sob o argumento de que “o requerimento não reúne os pressupostos constitucionais e regimentais de admissibilidade”. Dizia ainda o documento que “nenhum dos fatos elencados poderia ser investigado pelos senadores”.
A sociedade ansiosa, torce: agora vai! Infelizmente, não vai. Até porque tem vira-lata novo de nome poderoso contra a CPI.
A sensação geral é de que não vai nunca, se a sociedade prosseguir (como eu) apenas na retórica e nas passeatas de domingo (dia 25 tem outra), sem tomar uma atitude coletiva, geral, incisiva.
Os dois cachorrões, nas figuras do Congresso e do Judiciário, se entreolham e pensam: ele é muito forte pra mim! Se eu atacar, ele acaba comigo. Assim, depois de ladrarem muito, um para o outro, metem o rabo (preso) entre as pernas e seguem juntos, em bando, assaltando a lata de lixo em que transformaram o Brasil. E tem gente que diz ter vindo para consertar, que se junta à matilha.
Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!