20/09/2019 às 07h10min - Atualizada em 20/09/2019 às 07h10min

Rainha do Boa Noite Cinderela é suspeita de participar da morte de PM

A mulher teria atraído o militar reformado para a morte. Ele foi queimado vivo e não resistiu

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), prendeu mulher considerada a rainha do golpe “Boa Noite Cinderela”, após três meses de investigações. Erika Rayane Batista dos Santos, de acordo com a corporação, é suspeita de participar do assassinato de um PM reformado, em maio deste ano. Ele foi queimado vivo (foto de destaque).

A suspeita é apontada por diversas pessoas como autora dessa modalidade de roubo. A vítima era atraída para um encontro e, na oportunidade, dopada. Em seguida, tinha os bens subtraídos.

A mulher, de acordo com a PCDF, foi identificada como autora de vários crimes, bem como o irmão dela, Rafael Batista Almeida, que está preso preventivamente desde julho deste ano, por aplicar a mesma modalidade de golpe.

Segundo as investigações policiais, a golpista escolhia as vítimas por meio de salas de bate-papo em sites de relacionamentos. Ela as atraía sendo muito articulada nas conversas. Não mostrava fotos, mas marcava encontros sexuais, sempre nas regiões do Recanto das Emas e Samambaia

O perfil das vítimas era sempre o mesmo. Todos de classe média e com idade entre 40 e 50 anos. A polícia informou que a golpista dopava os homens em dois momentos distintos. Quando se encontravam, ela pedia para que a vítima parasse o veículo, pois queria beber. Antes da bebida ser servida, pingava gotas de um forte calmante no fundo do copo. Quando o homem bebia, logo perdia os sentidos.

“Esse remédio controlado é tão forte que as vítimas falavam até as senhas bancárias e de cartões de crédito”, afirmou o delegado adjunto da DRS, Luiz Henrique Sampaio A substância provocava uma série de efeitos colaterais nas vítimas. “Parte delas perdeu a memória por dois ou três dias, ficando totalmente desorientada. Soubemos de casos que precisaram de acompanhamento médico”, completou.

A DRS estima que ela fez entre duas e três vítimas por mês, desde janeiro deste ano e faturava até R$ 3 mil por golpe. Além de dinheiro, relógio, cordões e celulares, a mulher fazia saques bancários e compras com os cartões das vítimas. Ela vai responder por roubo majorado por sete vezes e será transferida para o presídio feminino, no Gama.

Outra investigação da DRS verificou que Rafael Batista Almeida, irmão de Érika, dopou e queimou ainda vivo João Batista Pereira Serpa, policial militar do DF reformado. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu. Segundo a PCDF, a mulher teria atraído a vítima.

Policiais civis cumpriram, nessa quarta-feira (18/09/2019), diligências em uma galeria de escoamento de águas, onde a suspeita disse ter jogado os pertences de João Batista e de outras vítimas. Na ocasião, os documentos foram encontrados .

O caso ocorreu no núcleo rural Monjolo, próximo ao Gama, em maio deste ano. João Batista Pereira Serpa, de 53 anos, trabalhava como taxista quando foi chamado para fazer uma corrida. Ele foi rendido, agredido até perder a consciência e queimado vivo. A vítima recobrou os sentidos quando o carro já estava em chamas. Serpa conseguiu abandonar o veículo, mas morreu no dia seguinte, em decorrência de as labaredas terem atingido 40% de seu corpo.


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