25/09/2019 às 18h45min - Atualizada em 25/09/2019 às 18h45min

Preso terceiro suspeito de envolvimento na morte de padre Casemiro

Daniel Sousa da Cruz é acusado de ser o mentor do assalto que acabou na morte do religioso na 702 Norte. Ele foi capturado no Novo Gama (GO)

Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (25/09/2019), Daniel Souza da Cruz (foto em destaque), 29 anos, apontado como mentor intelectual do assalto que acabou na morte de Kazimerz Wojno, padre Casemiro, 71 anos, no último sábado (21/09/2019).
 

O suspeito era considerado foragido e foi localizado após operação conjunta das polícias civis de Goiás e do Distrito Federal, que incluiu a área de inteligência, a Divisão de Operações Especiais (DOE) e a 2ª DP (Asa Norte), responsável pelas investigações. Daniel foi preso por agentes da Delegacia do Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal. Policiais da 2ª DP foram o município goiano para trazê-lo ao DF.

Outros dois homens já haviam sido detidos nessa terça-feira (24/09/2019), em Valparaíso (GO), por agentes da 2ª DP. Agora, falta capturar o quarto envolvido no crime, cometido nos fundos da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte.

Padre Casemiro foi assassinado após a celebração da missa das 18h30 de sábado. O religioso foi encontrado estrangulado e com arames enrolados no pescoço na noite de sábado (21/09/2019), após o quarteto invadir a paróquia e anunciar o assalto.

Um dos presos na terça é o desempregado Alessandro de Anchieta Silva, 19 anos, que não tinha passagens pela polícia. O outro é Antonio Willian Almeida Santos, 32. Nascido em Januária (MG), ele tem passagens por homicídio e tráfico de drogas. Alessandro disse que Daniel o teria convidado para participar do latrocínio.

Segundo o delegado-chefe da 2ª DP (Asa Norte), Laércio Rosseto, Alessandro admitiu a participação no crime, porém alegou que não queria a morte do padre. “Contudo ele estava na cena do crime, com uma arma de fogo. Estava disposto [a matar]”, pontuou o delegado, acrescentando que o artefato ainda não foi apreendido.

De acordo com Rosseto, os investigadores chegaram até os suspeitos após analisarem imagens de câmeras da paróquia. “Mas o que foi fundamental mesmo é o trabalho de campo realizado pelos investigadores. Foram várias e várias horas de percursos, diligências e trabalho do Instituto de Identificação. Assim, conseguimos obter provas científicas incontestáveis que levaram à prisão temporária deles.”

Para Rosseto, o crime foi premeditado. “O que entendemos é que eles estavam indo especialmente atrás desse cofre. Eles sabiam que havia o cofre lá, usaram equipamentos que existem na própria residência, de maneira que não precisaram levar nada. É um cofre de um metro e meio, de concreto e aço, com duas portas, isso indica que foi estudado. Eles sabiam o que iriam encontrar lá”, analisou.

A detenção foi feita por investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA).