Nova lei de inelegibilidade abre caminho para a volta do ex-governador e mexe no tabuleiro eleitoral do Distrito Federal.
Por Vital Furtado
A decisão do ex-governador sobre disputar o Buriti ou outro cargo pode redefinir alianças e mudar o rumo da eleição no DF.
O cenário político do Distrito Federal ganhou novos contornos com a promulgação da Lei Complementar nº 219/2025, que altera prazos e regras de inelegibilidade previstos na tradicional Lei Complementar nº 64/1990. Essa mudança legislativa abre novas possibilidades e recoloca antigos atores no centro do jogo político, transformando o ambiente eleitoral e exigindo uma reconfiguração estratégica por parte dos partidos e lideranças locais.
Entre esses personagens, destaca-se a figura do ex-governador José Roberto Arruda, cuja volta ao cenário político promete alterar de maneira profunda as perspectivas eleitorais em Brasília. A possibilidade concreta de sua participação nas próximas disputas eleitorais coloca em xeque a confiança de grupos que já se consideravam vitoriosos antecipadamente, gerando incertezas e novos cálculos no tabuleiro político.
Arruda sempre foi um nome de peso no Distrito Federal. Com uma trajetória marcada por altos e baixos, sua presença na política local desperta tanto paixões quanto críticas. O fato é que, independentemente das divergências, ele é lembrado pela forte capacidade de articulação e pelo carisma pessoal que o torna uma figura de destaque no imaginário popular.
Nas ruas, a recepção calorosa ao ex-governador evidencia esse vínculo com a população. Por onde passa, recebe demonstrações de carinho, acenos e declarações espontâneas de que “faz falta” na política do Distrito Federal. Esse apoio popular, mesmo após anos afastado do poder, sinaliza que seu nome continua sendo uma força política difícil de ignorar.
A entrada de Arruda no jogo eleitoral também coloca pressão sobre os adversários. Muitos candidatos que irão postular a tão cobiçada cadeira do Buriti precisarão rever seus discursos e estratégias diante da possibilidade real de enfrentarem um candidato competitivo, com histórico de liderança e profundo conhecimento das engrenagens da política local.
Contudo, permanece a grande dúvida: qual será a decisão de Arruda? Será que ele decidirá disputar novamente o Palácio do Buriti, mirando diretamente o comando do governo local, ou preferirá um projeto político menos ambicioso, mas igualmente estratégico, como uma vaga na Câmara Federal?
A resposta a essa questão terá impacto direto na formação das alianças, nas composições partidárias e no ânimo da base eleitoral de cada grupo. Até que haja um anúncio oficial, todas as especulações se mantêm abertas, e os bastidores políticos de Brasília seguirão agitados, atentos a cada movimento do ex-governador.
Em suma, a promulgação da Lei Complementar nº 219/2025 não apenas alterou dispositivos jurídicos, mas também abriu espaço para a ressurreição de uma liderança que, goste-se ou não, deixou marcas profundas na história política do Distrito Federal. A decisão de Arruda poderá redefinir os rumos da próxima eleição e transformar completamente a dinâmica política da capital do país.
Correio de Santa Maria – Redação






