Domingo, 07/12/25

Onu soa alarme: fome ameaça milhões na áfrica e ásia

Um novo relatório das Nações Unidas revela um cenário alarmante de insegurança alimentar aguda em diversas regiões do mundo. Milhões de pessoas em 16 países da África e da Ásia correm o risco de enfrentar fome ou escassez alimentar severa, conforme indicam dados compilados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O relatório aponta para uma situação crítica, com a população desses países enfrentando um risco iminente de fome catastrófica. Entre os países em situação mais grave estão Haiti, Mali, Palestina, Sudão, Sudão do Sul e Iêmen. Nesses locais, a população enfrenta um perigo imediato de fome. Adicionalmente, Afeganistão, República Democrática do Congo, Mianmar, Nigéria, Somália e Síria são considerados países de “muito alta preocupação”.

O documento da ONU destaca que conflitos e violência são os principais impulsionadores da crescente crise alimentar. A complexidade da situação exige soluções multifacetadas. A resolução de conflitos armados em diversas partes do globo é apontada como um fator crucial para mitigar o problema, uma vez que esses conflitos frequentemente resultam em migrações forçadas e famílias de refugiados em situação de vulnerabilidade.

O controle da inflação em países com crises econômicas e sociais também é ressaltado como medida fundamental. Além disso, a implementação de programas de geração de renda para famílias necessitadas, a exemplo do Bolsa Família, bem como iniciativas como bancos de alimentos e cozinhas comunitárias, podem desempenhar um papel importante no combate à fome.

A diretora executiva do PMA, Cindy McCain, enfatizou que o mundo se encontra à beira de uma catástrofe de fome que é “completamente evitável”. Nesse contexto, a cooperação internacional se mostra essencial para evitar uma crise humanitária de proporções globais. O desperdício de alimentos, especialmente nos setores mais ricos da sociedade, agrava a situação, enquanto muitas pessoas passam fome.

O relatório da ONU também chama a atenção para o déficit no financiamento da ajuda humanitária. Dos US$ 29 bilhões necessários para prestar assistência às populações mais necessitadas, apenas US$ 10,5 bilhões foram disponibilizados, o que coloca em risco a continuidade da ajuda alimentar aos refugiados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *