Domingo, 07/12/25

Pré-mercado: inflação de 2025 pode ficar abaixo da meta, aponta focus

Cláudio Gradilone

Uma nova edição do Relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira (17), revela uma diminuição na expectativa de inflação para 2025, agora em 4,46%. A projeção anterior, da semana passada, era de 4,55%, e há quatro semanas, o índice esperado era de 4,70%. Pela primeira vez neste ano, o levantamento indica que o mercado financeiro prevê uma inflação abaixo do teto da meta estabelecida, que é de 4,50%.

Apesar da sinalização positiva, especialistas recomendam cautela na análise desse resultado, ressaltando que a diferença entre a projeção e o teto da meta é mínima, de apenas 4 pontos-base. Além disso, trata-se de uma projeção, não de um número concreto. O principal impacto dessa expectativa de desaceleração da inflação reside na possibilidade de reforçar as apostas em um corte de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em um futuro próximo.

Na última reunião, realizada no início de novembro, o Copom optou por manter a taxa de juros em 15% ao ano, conforme esperado. A ata da reunião, divulgada posteriormente, indicou a ausência de perspectiva de aumento ou corte nas taxas. Com a melhora nas expectativas de inflação, investidores agora aguardam sinais mais claros de uma possível redução da Selic.

Nos Estados Unidos, após a paralisação do governo, espera-se a retomada gradual da divulgação de indicadores econômicos. Na quinta-feira (20), será divulgado o nível de emprego não-agrícola referente ao mês de outubro. O número de setembro não foi divulgado. Dados de agosto mostraram um aumento de 22 mil empregos e uma taxa de desemprego de 4,3%. Dados alternativos de fontes privadas indicaram a criação de 42 mil empregos no setor privado em outubro, superando as expectativas.

Esses dados são cruciais para investidores delinearem cenários para a política monetária americana. A penúltima reunião do ano do Federal Open Market Committee (Fomc) ocorreu no dia 29 de outubro, resultando na redução dos juros americanos em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,75% e 4,00% ao ano.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, afirmou que um novo corte de juros na última reunião do ano, agendada para dezembro, não era garantido e dependeria dos dados de emprego.

No Brasil, além do Relatório Focus, investidores aguardam o Índice IBC-Br de outubro. Nos Estados Unidos, não há indicadores relevantes previstos.

Fonte: forbes.com.br

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