Investigação começou após policiais e moradores identificarem quatro corpos no Rio Sena; vítimas eram homossexuais
Caso de suposto serial killer assustou moradores da França após população encontrar quatro corpos no rio Sena, em Choisy-le-Roi, cerca de 20km de Paris. Em 13 de agosto, uma pessoa que passava próximo à Ponte Choisy avistou a primeira vítima, os outros três homens foram encontrados logo depois por bombeiros e policiais durante uma vistoria na área.
As vítimas, um francês, dois argelinos e um tunisiano, tinham uma característica em comum: todos eram homens gays.
O caso ganhou novos rumos no domingo, quando um homem identificado como pelo Le Monde como Monji H., de nacionalidade tunisiana, foi indiciado e preso preventivamente por assassinatos em série. O suspeito tem por volta de 20 anos e vivia em uma ocupação irregular próxima ao rio Sena, local onde também viviam duas das vítimas. A investigação apreendeu ainda celulares, cartões e documentos das vítimas com ele.
O acusado não confessou os crimes e nem mesmo o próprio nome. À polícia, ele afirmou ser da Argélia e se chama Ahmed Ben Ali. Segundo as autoridades francesas, ele está em situação irregular no país há oito meses.
Exames periciais apontam que os quatro crimes ocorreram dentro de um período de 16 dias. Segundo o Ministério Público, foram encontrados “ferimentos violentos” em dois dos quatro corpos. As três primeiras vítimas eram duas pessoas em situação de rua, um argelino de 21 anos e um tunisiano de 26, além de outro argelino de 21. A última vítima teria sido um francês de 48 anos. Por ser mais recente, a polícia conseguiu determinar a causa da morte, por estrangulamento.
A hipótese da polícia é de que o criminoso atraía os homens para um local escuro próximo ao Sena conhecido como um ponto de encontro entre homens na cidade.
Embora o suspeito não tenha se manifestado até o momento, as suspeitas são de que o crime foi motivado por homofobia e extremismo religioso islâmico. A organização Stop Homophobia entrou com uma ação civil pública e fez apelo a possíveis testemunhas. “Cada depoimento pode ser crucial para compreender a cronologia dos eventos e prevenir novas tragédias”, declarou Terrence Khatchadourian, secretário-geral da STOP Homophobia.
Outro homem chegou a ser preso preventivamente suspeito de envolvimento com o crime, mas foi solto no sábado (24/8). Não há acusações formais contra ele.
Correio de Santa Maria, com informações do Le Monde








