A ex-deputada Manuela d’Ávila anunciou em 29 de junho sua filiação ao PSOL, movimento que a coloca no páreo pelo Senado nas eleições de 2026. Será a primeira disputa nacional da ex-parlamentar desde que deixou o PCdoB, sigla à qual dedicou mais de duas décadas.
Ao comentar a mudança, Manuela afirmou ter encontrado no PSOL um ambiente “comprometido com transformações profundas” e alinhado ao que chama de nova geração da esquerda. Disse ainda que pretende atuar para fortalecer a unidade entre partidos progressistas “diante do avanço da ultradireita”.
A entrada de Manuela ocorre em um cenário já competitivo no Rio Grande do Sul. Levantamento do Real Time Big Data, divulgado em 25 de junho, aponta que ela figura entre os nomes mais fortes para o Senado, ao lado do governador Eduardo Leite (PSD). Em 2026, o estado elegerá duas das 54 cadeiras em disputa, ampliando o peso da corrida ao Senado no país.
O PSOL já marcou para 9 de dezembro o evento que deve oficializar sua pré-candidatura.
Trajetória política
Jornalista e escritora, Manuela se projetou na política ainda jovem: em 2004, aos 23 anos, tornou-se a vereadora mais nova da história de Porto Alegre.
Depois, acumulou dois mandatos como deputada federal (2006 e 2010) e, posteriormente, um mandato como deputada estadual. Em 2018, ganhou projeção nacional ao compor a chapa presidencial de Fernando Haddad (PT) como candidata a vice.
No âmbito municipal, disputou a prefeitura da capital gaúcha três vezes (2008, 2012 e 2020) experiências que consolidaram seu nome entre os principais quadros da esquerda no estado.
