Guto Zacarias aciona MP por supostas ameaças antissemitas em rede social
O deputado estadual Guto Zacarias e o assessor parlamentar Renato Battista apresentaram uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo contra uma mulher, administradora do perfil @direitistananet. Eles afirmam que a influenciadora publicou mensagens e áudios que configuram incitação ao ódio, apologia ao Holocausto e ameaças contra judeus, israelenses e sionistas. A denúncia envolve o termo antissemitismo.
Conteúdo da Denúncia
Segundo o documento entregue à Promotoria, a mulher utiliza suas redes, que somam mais de trinta mil seguidores, para divulgar conteúdos considerados ofensivos e violentos. As provas apresentadas incluem postagens que banalizam o Holocausto, celebram ataques terroristas, comparam judeus a animais e exaltam discursos de extermínio.
Áudios e Postagens
Entre os materiais anexados, está um áudio em que a investigada defende a criação de “campos de concentração para sionistas” e afirma que essas pessoas deveriam “morrer no gás”, em referência direta ao método de extermínio nazista. O episódio é apontado como um dos pontos mais graves da sequência de manifestações antissemitas.
A notícia-crime também reúne capturas de publicações que comemoram explosões em Israel, incentivam violência contra civis e reproduzem símbolos antijudaicos clássicos. O texto destaca a desumanização por meio de comparações com pragas urbanas, prática historicamente relacionada a regimes genocidas.
O pedido sustenta que as condutas se enquadram no artigo vinte, parágrafo segundo, da Lei número sete mil setecentos e dezesseis de mil novecentos e oitenta e nove, que trata da incitação ao preconceito por meio de redes sociais, e no artigo cento e quarenta e sete do Código Penal, referente ao crime de ameaça — ambos passíveis de pena de reclusão.
Diante da gravidade, os autores solicitam a instauração de inquérito policial, a oitiva da investigada, a preservação e o fornecimento de dados dos perfis citados, além da remoção dos conteúdos considerados criminosos.
O documento foi assinado por Guto Zacarias, Renato Battista e pelo advogado Miguel Sândalo Calamari. Com o protocolo, o caso segue para análise do Ministério Público.








