Julgamento de assassino de revisor de jornal
Uma pessoa, de 25 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri pelo homicídio do revisor de jornal Rubens Bonfim Leal. A audiência iniciou na manhã de terça-feira (16/12), na Vara Criminal do Núcleo Bandeirante (DF). O crime ocorreu em maio de 2018.
Identificado pela Coordenação de Homicídios e Proteção à Pessoa (CHPP), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a pessoa deve responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel.
A pessoa é morador da Cidade Estrutural, onde foi encontrado pelos investigadores apenas em março deste ano. Sem passagens anteriores, o criminoso só tinha registro da polícia por uso e porte de drogas.
O caso
O corpo de Rubens foi encontrado com marcas de golpes de arma branca no Paradise Vegas Motel, no Setor de Motéis do Núcleo Bandeirante. Ele estava na entrada do banheiro de uma suíte, caído no chão, de bruços e nu. Mãos e pernas estavam amarradas com lençóis e havia sangue em volta do corpo.
Funcionários do motel relataram à Polícia Militar do DF que Rubens chegou ao local por volta das 7h30, dirigindo um VW Gol e acompanhado de um homem. Em determinado momento, após algum tempo dentro nas dependências, a pessoa tentou deixar o estabelecimento, dirigindo o carro de Rubens. O rapaz alegou que iria à farmácia comprar remédio.
Como a conta não havia sido paga, o porteiro do motel impediu a saída dele. Em seguida, funcionários do local ligaram para a suíte, mas Rubens não atendeu a ligação.
O carro da vítima foi deixado em frente a uma suíte diferente da reservada pelos dois. Os policiais acreditam que a pessoa tenha fugido, subindo em uma VW Kombi que estava estacionada e pulou o muro do motel.
Prisão
Sete anos após o crime, o suspeito foi encontrado em 26 de março de 2025, mas a prisão só foi divulgada em 2 de abril. Assim que foi identificado, o assassino confessou o crime aos policiais durante o depoimento.
A PCDF identificou o suspeito após uma investigação complexa, com dezenas de oitivas, entrevistas, exames periciais e medidas cautelares. Segundo a corporação, a autoria foi confirmada por meio de um trabalho contínuo e integrado com o Instituto de Identificação e com o Instituto de Pesquisa de DNA forense.
Uma mudança recente na tecnologia permitiu identificar as impressões digitais e DNA do suspeito. Também foram confirmadas as impressões podoscópicas da pessoa, que deixou pegadas de sangue no quarto de motel onde matou Rubens e fugiu em seguida.
O caso está sob segredo de justiça. Por isso, a reportagem não pôde acompanhar o júri.








