Um homem foi preso temporariamente pela 4ª Delegacia de Polícia nessa sexta-feira (19/12). Ele é suspeito de abusar sexualmente de adolescentes que frequentavam a Igreja Batista Filadélfia, no Guará 2.
Investigação
O homem atuava como líder religioso de jovens na igreja evangélica. Ele é investigado pela suspeita de ter estuprado ao menos três adolescentes do sexo masculino.
Conforme apurado, o homem se aproveitava do seu papel de liderança religiosa para ganhar a confiança das vítimas e ficar a sós com elas, momento em que aconteciam os supostos abusos.
As investigações também apontam que as vítimas não teriam sido concomitantes. O homem criava laços com um dos adolescentes alvo até cometer os abusos. Depois que o menor se afastava, o líder se aproximava de outro jovem.
Os casos denunciados que estão em investigação teriam ocorrido desde 2019. Uma das vítimas ouvidas, inclusive, já atingiu a maioridade.
O suspeito é filho do presidente da congregação. Apesar de as acusações contra ele virem à tona dentro da igreja, o homem continuava atuando no ministério normalmente.
A coluna também apurou que, após tomar conhecimentos das denúncias, o pai dele teria tentado convencer as vítimas de que não houve abusos.
O pastor presidente teria chegado a insinuar que o filho dele é quem teria sido supostamente vítima de estupro.
O outro lado
Em nota, a Igreja Batista Filadélfia afirmou que é “inverídica a afirmação de que o investigado continuava atuando na instituição, pois ao longo de todo o ano de 2025 ele já não exercia nenhuma função de liderança na igreja”. A igreja também disse que o investigado não é, “nem nunca foi”, pastor da instituição.
“Ele atuava no passado como membro voluntário em funções de liderança no Ministério de Adolescentes. Esclarecemos, ainda, que a relação de parentesco entre o investigado e o Pastor Presidente não interferiu, nem jamais interferirá, nas medidas disciplinares adotadas pelo Conselho Disciplinar ou na colaboração com a Polícia Civil e o Poder Judiciário”, declarou.
A igreja refutou qualquer alegação de que houve tentativa de encobrir os fatos ou desestimular as famílias a procurarem as autoridades. “Em todos os atendimentos realizados, tanto pela Presidência quanto pelo Conselho Disciplinar, a orientação explícita foi de que as famílias possuíam total liberdade e incentivo institucional para buscar as autoridades policiais. A igreja entende que o acolhimento espiritual não substitui, em hipótese alguma, o dever de busca pela justiça estatal”, afirmou.
Por fim, a Igreja Batista Filadélfia afirmou que preza pela precisão das informações e pela proteção de sua comunidade. “O sigilo da investigação policial e o dever de proteger a privacidade dos menores e de suas famílias impedem a divulgação de outros detalhes, além dos que foram apresentados acima”, disse.








