As cotações do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (22), pelo quarto dia consecutivo, em meio à tensão crescente entre Washington e Caracas e a expectativa de uma nova apreensão de um petroleiro na costa da Venezuela.
O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, subiu 2,65%, para 62,07 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em fevereiro, seu primeiro dia de uso como contrato de referência, avançou 2,64%, para 58,01 dólares.
Os Estados Unidos já confiscaram dois petroleiros sob a suspeita de que transportavam petróleo da Venezuela. No domingo, iniciou a perseguição de um terceiro navio-tanque.
Na terça-feira passada, Washington anunciou um bloqueio naval contra a Venezuela, com a mira posta nos petroleiros sancionados.
“Essas manobras recentes” constituem, segundo analistas da empresa de serviços financeiros UBS, “uma escalada e um sinal de que o governo Trump está disposto a reduzir as exportações de petróleo da Venezuela a curto prazo”.
A Venezuela possui a maior reserva comprovada de petróleo do mundo. Embora sua produção de aproximadamente um milhão de barris diários seja relativamente modesta, a suspensão das exportações privaria o país de uma importante fonte de receita.
“Um embargo quase total teria um impacto significativo na economia venezuelana, bem como no fluxo de petróleo bruto para a China”, estimaram os especialistas da UBS.
As próximas duas semanas “prometem ser voláteis” pelas festas de fim de ano e pelo baixo número de compradores no mercado, antecipa Waggoner.








