Domingo, 07/12/25

Pacote contra tarifaço mira pequenos produtores e prevê compras públicas

A ideia é que os produtos mais afetados, especialmente os de alta perecibilidade, sejam absorvidos pelo mercado interno - (crédito: mrcolo/Pixabay )

Medidas devem incluir compras governamentais, crédito subsidiado e desoneração fiscal. Pequenas empresas e produtos perecíveis estão entre as prioridades

Diante do impasse nas negociações sobre a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, impostas pelos Estados Unidos, o governo federal busca alternativas para reduzir os prejuízos aos exportadores. A expectativa era de que o Palácio do Planalto anunciasse, na quarta-feira (6/8), o pacote de medidas de proteção para os setores afetados.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o plano já saiu da pasta para a mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A data do anúncio, entretanto, depende do aval do chefe do Executivo. 

As medidas devem incluir prioridade nas compras públicas, novas linhas de crédito com juros subsidiados e isenções fiscais para os setores mais afetados. Haddad já adiantou que pequenas empresas que não têm alternativas de exportação devem estar entre as principais beneficiadas pelas medidas.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, por sua vez, afirmou que o foco das ações da pasta será nas regulamentações internas para viabilizar o consumo doméstico de parte da produção que deixará de ser exportada aos Estados Unidos.

A ideia é que os produtos mais afetados, especialmente os de alta perecibilidade, sejam absorvidos pelo mercado interno, incluídos em iniciativas de compras públicas da União, estados e municípios, além da possibilidade de concessão de subsídios.

A jornalistas, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, afirmou que o plano de contingência do governo deve incluir garantias e linhas de crédito, medidas de socorro às empresas e desoneração fiscal.

Segundo Viana, a agência está elaborando um plano próprio de apoio às empresas afetadas, com o objetivo de complementar as medidas do Executivo. A iniciativa prevê suporte emergencial, com foco na promoção comercial e na diversificação de mercados. “Fizemos algo semelhante no Rio Grande do Sul”, destacou.Correio de Santa Maria, com informações do Ministério da Fazenda

Correio de Santa Maria, com informações do Ministério da Fazenda

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