Interpretação do mercado é que a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, mantém a rota de colisão, diz gestor
As ações de bancos caem em bloco nesta terça-feira, em meio à escalada das tensões entre Brasil e Estados Unidos. O governo americano rebateu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino — de que leis e ordens judiciais estrangeiras não têm validade imediata no país — e afirmou que nenhum tribunal estrangeiro pode anular sanções impostas pelos EUA.
Como a determinação foi interpretada como uma menção indireta à Lei Magnitsky, que foi aplicada contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, o impedindo de ter cartões de crédito de bandeiras americanas, ou possuir contas e investimentos em instituições financeiras que atuem no marcado americano, os bancos são os primeiros a serem afetados, afirmam participantes do mercado.
Por volta das 14h30, o papel preferencial do Bradesco (BDC4) perdia 3,18%; as units do BTG (BPAC11) cediam 3,46%; Itaú PN (ITUB4) caía 283% e o papel ON do (BBAS3) contraía 4,41%. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 1,86%, aos 134.770 pontos.
O sócio-fundador e gestor de renda variável da Persevera, Fernando Fontoura, afirma que o tema já o preocupava há semanas. Para ele, a interpretação do mercado é que a decisão de Dino mantém a rota de colisão. “Começa a preocupar porque Donald Trump não tem motivo para recuar, e o STF não tem dado sinais de que irá ceder”, observa o executivo
Correio de Santa Maria, com informações da Bolsa de cotações B3