Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA, sinalizou abertura para cortar juros e falou sobre riscos para o emprego
Após o presidente do Federal Reserve (Fed) — Banco Central dos Estados Unidos —, Jerome Powell, sinalizar que pode cortar os juros já na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o mercado respondeu prontamente e os principais índices norte-americanos dispararam na tarde desta sexta-feira (22/8).
Por volta das 15h15 (horário de Brasília), o Dow Jones registrava alta próxima a 2%, enquanto que Nasdaq e S&P 500 valorizavam cerca de 2% e 1,5%, respectivamente. Ao mesmo tempo, o dólar comercial operava com queda de 1,1% ante o real, cotado a R$ 5,41.
Já o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) registrava uma alta de 2,5%, atingindo 137,8 mil pontos. Somente a ação da Brasil Foods (BRFS3) operava em baixa por volta das 15h30, com queda de 0,5%. Os papeis de bancos, que sofreram ao longo da semana, dispararam, com Banco do Brasil (BBAS3) subindo acima de 4% e Itaú (ITUB3) e Bradesco (BBDC3) acima de 2,5%.
Juros altos afetam emprego, avalia Powell
Durante a conferência anual do Fed, em Jackson Hole, Jerome Powell, comentou sobre a situação de aparente equilíbrio do mercado de trabalho norte-americano, afirmando que essa situação ocorre em meio a uma desaceleração contínua da oferta e da demanda por trabalhadores. Apesar de destacar que o Fed ainda mantém cautela sobre a mudança na política monetária, o chairman sinalizou uma possível abertura para queda nos juros já na próxima reunião.
“Essa situação incomum sugere que os riscos de queda no emprego estão aumentando. E, se esses riscos se materializarem, poderão fazê-lo rapidamente. Também é possível, no entanto, que a pressão de alta sobre os preços, devido às tarifas, possa estimular uma dinâmica inflacionária mais duradoura, e esse é um risco a ser avaliado e administrado”, considera Powell.
A próxima reunião do Fomc ocorre nos dias 16 e 17 de setembro. A taxa de juros norte-americana opera dentro de uma banda entre 4,25% e 2,5% desde o mês de dezembro de 2024.
Correio de Santa Maria, com informações do Federal Reserve (Fed) — Banco Central dos Estados Unidos