Sexta-feira, 05/09/25

Maduro diz que Venezuela enfrenta maior ameaça em 100 anos

Maduro garante que as forças venezuelanas estão prontas para o combate - (crédito: Juan Barreto/AFP)

Presidente venezuelano acusa os Estados Unidos de apontarem 1.200 mísseis para o país dispostos em oito navios de guerra próximos à costa caribenha. Líder chavista anuncia “preparação máxima” da defesa

Diante de representantes da imprensa internacional, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que os Estados Unidos mantêm 1.200 mísseis de oito destróieres apontados para o país. O líder chavista assegurou que suas forças estão “prontas para a luta armada”. “A Venezuela está enfrentando a maior ameaça já vista em nosso continente nos últimos 100 anos”, advertiu Maduro. Ele classificou a mobilização militar dos EUA, que incluiriam ainda um submarino e 4.500 marines (fuzileiros navais), como “uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa, sangrenta”. “Eles quiseram avançar para o que chamam de pressão máxima. Neste caso, é militar. Diante da máxima pressão militar, nós declaramos a máxima preparação para a defesa da Venezuela.”

De acordo com o jornal El Nacional, de Caracas, sete navios de guerra, entre eles o USS San Antonio, o USS Iwo Jima e o USS Fort Lauderdale, além de um submarino nuclear de ataque rápido, estão no sul do Caribe. O deslocamento, de acordo com o presidente Donald Trump, insere-se em uma luta contra o tráfico internacional de drogas e o Cartel de Los Soles — acusado por Washington de escoar cocaína para o México e os Estados Unidos.

Para fazer frente à ameaça bélica, Maduro convocou o alistamento de reservistas e ativou 4,2 milhões de integrantes da Milícia Nacional Venezuela — um número considerado bastante exagerado por analistas internacionais. “A Venezuela nunca vai ceder a chantagens nem a ameaças de nenhum tipo. Se a Venezuela for agredida, passará imediatamente à luta armada em defesa do território nacional e da história e do povo da Venezuela”, avisou Maduro.

Cenários

Coronel do Exército da Venezuela e analista de segurança e defesa, Antonio Guevara explicou ao Correio que, ante a escalada do deslocamento de destróieres americanos no sul do Caribe, Maduro anunciou a mobilização cívica e militar para combates. “O regime da Revolução Bolivariana afirma estar preparado ante três possibilidades. A primeira é manter-se no poder, com Maduro exercendo, de forma usurpadora, os papéis de presidente da República e de comandante-chefe da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). A segunda é, caso seja destituído do poder, recupere a Presidência da Venezuela imediatamente. A terceira envolve passar a uma etapa de guerra popular prolongada”, afirmou.

Correio de Santa Maria, com informações da Agence France Presse

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