Evento marcou 80 anos da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial e exibiu avanço do poderio militar chinês para um público de 50 mil convidados
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu nesta quarta-feira, 3, ao maior desfile militar já realizado pela China, em Pequim, que reuniu o líder chinês, Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o norte-coreano Kim Jong-un. Em uma publicação no Truth Social, o americano acusou os três de “conspirarem contra os Estados Unidos da América” e pediu que fosse lembrado o papel decisivo dos americanos na vitória chinesa contra o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
O evento, realizado na Praça da Paz Celestial, marcou os 80 anos da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial e celebrou a vitória da China sobre a ocupação japonesa, além de exibir o avanço do poderio militar chinês para um público de 50 mil convidados. Foram apresentados mísseis hipersônicos de longo alcance, drones subaquáticos e até robôs militares, em uma coreografia que buscou projetar Xi como líder de uma alternativa à ordem mundial liderada pelos EUA, especialmente após as tarifas impostas por Washington.
Trump, no entanto, evitou classificar o desfile como uma ameaça direta. Em um evento na Casa Branca, o republicano disse ter achado a cerimônia “muito impressionante” e afirmou ter entendido o objetivo do encontro. “Eles esperavam que eu estivesse assistindo, e eu estava assistindo. Meu relacionamento com todos eles é muito bom. Vamos ver quão bom é nas próximas semanas”, declarou.
Apesar do tom conciliador, o republicano demonstrou incômodo por os Estados Unidos não terem sido citados no discurso de Xi. “O presidente Xi é meu amigo, mas achei que os EUA deveriam ter sido mencionados, porque ajudamos a China. Muitos americanos morreram na busca de vitória e glória para a China, e espero que sejam honrados por sua bravura e sacrifício”, disse.
Em entrevista à imprensa americana, Trump disse ainda que o trio não ousaria enfrentar os Estados Unidos militarmente. “Temos as forças armadas mais poderosas do mundo. Eles não usariam suas forças contra nós”, afirmou.
Ainda assim, Trump disse que estava “muito decepcionado” com Putin pelo fracasso de uma tentativa de acordo de paz para a Ucrânia em reunião no Alasca no mês passado.
Correio de Santa Maria, com informações do Jornal Truth Social