Paralisação atinge Belém, Ananindeua e Marituba e deve afetar obras de hotéis, da Vila COP30 e do Parque da Cidade
A menos de dois meses da COP30, centenas de trabalhadores da construção civil e do setor mobiliário de Belém, Ananindeua e Marituba ocuparam as ruas da capital do Pará, nesta terça-feira (16/9), em protesto à rejeição da proposta patronal de melhorias à categoria, consideradas insuficientes pelas entidades representativas dos trabalhadores. A manifestação saiu da sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, na Travessa 9 de Janeiro, e seguiu até a sede do Sinduscon-PA, no centro de Belém.
Entre as principais reivindicações estão reajuste no piso salarial, aumento de 30% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sendo duas parcelas de R$ 378, melhorias nas condições de trabalho, promoção de mulheres no setor e elevação do valor da cesta básica de R$ 110 para R$ 270.
Em nota, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA) confirmou a proposta de reajuste salarial de 5,5% e cesta básica no valor de R$ 120, equivalente a um aumento de 9% em relação ao valor atual de R$ 110. A entidade destacou que os índices superam a inflação acumulada de 5,13% nos últimos 12 meses e representam ganhos reais aos trabalhadores. Além disso, afirmou ainda que recorrerá a instrumentos legais para garantir a continuidade das atividades, caso a paralisação se estenda.
A greve afeta obras estratégicas para a 30ª conferência da ONU sobre mudanças climáticas que tem data prevista para 10 de novembro, como a construção dos hotéis da Vila COP30, localizada no bairro Marco próximo ao Hangar, que vai abrigar chefes de Estado, e o Parque da Cidade, principal palco das negociações internacionais. O espaço foi fechado ao público em agosto para a montagem da Blue Zone, destinada a representantes oficiais, e da Green Zone, voltada à sociedade civil.
A Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) informou, no entanto, que as obras da COP30 seguem normalmente, dentro do cronograma previsto.
Correio de Santa Maria, com informações do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA)








