O Ibovespa demonstrou instabilidade nesta quarta-feira (12), oscilando próximo dos 158 mil pontos e fechando o dia com leve queda. O desempenho foi influenciado pelo declínio expressivo das ações da Petrobras, que acompanharam a baixa do petróleo no mercado internacional. Em contrapartida, a Vale exerceu um papel de contrapeso, impulsionada pela valorização dos contratos futuros de minério de ferro na China.
O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,07%, atingindo 157.632,90 pontos. Durante o pregão, o Ibovespa alcançou uma máxima de 158.133,83 pontos e uma mínima de 156.559,71 pontos. O volume financeiro totalizou R$29 bilhões, em uma sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o índice.
Com o resultado, o Ibovespa interrompeu uma sequência de 15 altas consecutivas, a maior em mais de três décadas. No período de valorização, o índice acumulou um ganho de 9,48%, elevando o avanço no ano para 31,15%.
Em Wall Street, o dia foi marcado pela ausência de uma tendência clara, com investidores avaliando as perspectivas de um acordo para o fim da paralisação do governo dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que acompanhavam as notícias do setor corporativo, especialmente o de tecnologia. O S&P 500 encerrou o dia praticamente estável.
No mercado de câmbio, o dólar registrou leve alta no Brasil, após cinco quedas consecutivas, destoando do comportamento da moeda americana frente a outras divisas de países emergentes. A sessão não apresentou fatores determinantes para o mercado cambial.
O dólar à vista encerrou o dia com valorização de 0,35%, cotado a R$ 5,2932 na venda. Na sessão anterior, a moeda havia atingido o menor patamar desde 6 de junho de 2024. No acumulado do ano, o dólar apresenta queda de 14,34%. O contrato futuro de dólar para dezembro, o mais negociado, registrava alta de 0,29% na B3, cotado a R$5,3110.
Durante o dia, declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram monitoradas. Galípolo adotou um tom cauteloso em relação à política monetária, enfatizando que a instituição não sinalizou futuras decisões, dependendo da análise de dados.
O presidente do BC reiterou que a instituição atuará no mercado de câmbio apenas em situações de “disfuncionalidade”. Ao abordar a diversificação das reservas brasileiras, mencionou a dificuldade de evitar ativos americanos e questionou o interesse de alguns países na internacionalização de suas moedas. Segundo ele, transformar uma moeda em ativo global pode levar à perda do controle da taxa de câmbio, o que poderia não ser do interesse de países como a China. Galípolo afirmou que, atualmente, é difícil vislumbrar uma alternativa ao dólar, e que o papel do BC é adotar uma postura “defensiva” na gestão das reservas. No mercado internacional, o índice do dólar, que acompanha o desempenho da moeda americana em relação a outras seis divisas, apresentava alta de 0,05%, atingindo 99,498.
Fonte: forbes.com.br








