Domingo, 07/12/25

Ford ranger flex: a aposta híbrida para liderar o mercado de picapes

Divulgação

O mercado de picapes médias está aquecido, com montadoras buscando inovações em motorização e tecnologia. A Ford mira o topo do segmento com a Ranger Híbrida Plug-in Flex, combinando desempenho, eficiência e um motor projetado para o consumidor brasileiro, com capacidade de rodar com etanol. O lançamento está previsto para 2027 no Brasil.

Enquanto isso, a Toyota, líder do mercado, prepara sua primeira versão eletrificada da Hilux, um híbrido leve, sem recarga externa, com previsão de chegada no segundo semestre de 2026.

A estratégia da Ford envolve investimentos significativos e a expansão de seu ecossistema técnico no país. De acordo com o presidente da Ford na América do Sul, Martin Galdeano, já foi possível testar a picape e ele se mostrou impressionado. Segundo o executivo, o cliente de picape busca performance e eficiência, e é isso que a Ford pretende oferecer.

Embora detalhes sobre a motorização não tenham sido divulgados, fontes do setor indicam que ela pode ser a mais potente da marca globalmente. No acumulado do ano, a Ranger alcançou a segunda colocação no segmento, com 28.117 unidades emplacadas no Brasil, segundo a Fenabrave.

A produção da nova Ranger Híbrida Plug-in será na planta de Pacheco, Argentina, que recebeu um investimento de US$ 170 milhões para viabilizar o modelo, incluindo a produção de motores flex movidos a etanol. Metade da produção da fábrica destina-se ao mercado brasileiro, o que reforça a importância estratégica do país para a Ford.

O desenvolvimento do motor flex da Ranger híbrida é liderado pela engenharia brasileira, com grande parte dos trabalhos realizados no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Tatuí, em São Paulo. A unidade inaugurou recentemente dois novos prédios, parte do novo ciclo de investimentos da Ford na região.

Um dos novos prédios é o Ford Academy, um centro de treinamento com capacidade para 150 pessoas, dedicado à disseminação de conhecimento sobre produtos, tecnologias e inovações. O outro é o Centro de Diagnóstico Avançado de Engenharia, conectado à pista de testes e equipado para processar e compartilhar dados em tempo real com outros centros globais da Ford.

Segundo André Oliveira, diretor de programas veiculares da Ford América do Sul, a Ranger híbrida plug-in é um projeto crucial, e Tatuí tem um papel central nisso. Além de Tatuí, a Ford também está expandindo seu hub de engenharia na Bahia, no Cimatec Park, com um novo prédio dedicado ao desenvolvimento veicular previsto para o primeiro semestre de 2025.

Atualmente, o Brasil é um dos nove centros globais de desenvolvimento da Ford, com mais de 1.500 profissionais responsáveis por cerca de um terço das funcionalidades presentes nos veículos da marca em todo o mundo.

Com a Hilux e a Ranger adotando estratégias distintas na eletrificação – a Toyota com híbridos leves e a Ford com plug-in flex – a competição pela liderança do mercado promete ser acirrada, tendo o consumidor brasileiro como peça central nessa disputa.

Fonte: forbes.com.br

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