Prisão Preventiva e Contexto Jurídico
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi detido preventivamente por determinação de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no sábado. A medida foi justificada pelo risco de fuga, pela suspeita de uma tentativa de violação de tornozeleira eletrônica e pela convocação de uma vigília em frente ao seu condomínio para o mesmo dia.
Esta ordem de prisão não está vinculada a uma condenação anterior de 27 anos e três meses. Essa condenação, proferida pela Primeira Turma da Corte por tentativa de golpe de Estado e outros crimes em regime inicial fechado, ainda se encontra pendente de trânsito em julgado.
A Rotina do Ex-Presidente Antes da Detenção
Nos dias que antecederam a prisão preventiva, a rotina do ex-presidente caracterizou-se por um círculo social restrito. Este convívio incluía aliados próximos, membros do grupo de oração da ex-primeira-dama e familiares.
Visitas e Interações Políticas
Diversos parlamentares e figuras políticas visitaram o ex-presidente neste período. O senador Magno Malta (PL-ES) esteve presente e, ao sair, afirmou que encontrou o ex-presidente “forte e determinado”. Contudo, segundo relatos de pessoas do entorno, o estado emocional era de abatimento e preocupação em relação a possíveis desdobramentos legais.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também realizou uma visita. Após o encontro, ele alertou para a possibilidade iminente da prisão do ex-presidente, fato que se concretizou posteriormente.
Aspectos de Saúde e Atividades Diárias
Informações de pessoas próximas indicaram o agravamento de problemas de saúde. Crises de soluço, refluxo e dispneia (falta de ar) foram mencionadas, juntamente com episódios frequentes de vômito. As crises de soluço, segundo relatos, dificultavam a alimentação.
As atividades diárias do ex-presidente incluíam assistir televisão, acompanhando noticiários e partidas de futebol, e receber as visitas programadas.
Convivência Familiar e Apoios
Membros da família realizaram visitas regulares. Entre eles, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC). O irmão da ex-primeira-dama, Eduardo Torres, desempenhou um papel de maior proximidade, atuando como assistente.
O grupo de oração esteve presente no condomínio na quarta-feira, e suas visitas foram frequentes durante o período em que o ex-presidente esteve em prisão domiciliar.
Apesar dos encontros, interlocutores próximos relataram um sentimento de isolamento. A ex-primeira-dama estava em viagem a Fortaleza no momento da prisão, tendo assumido um papel mais proeminente em agendas partidárias.
Perspectivas e Diálogos Políticos
Em meio às suas circunstâncias, o ex-presidente mantinha a esperança em um projeto de anistia. As conversas com visitantes incluíam discussões sobre possíveis candidaturas para o próximo ano, com menções a governadores como Tarcísio e Ronaldo Caiado. Uma visita do governador Ronaldo Caiado foi autorizada para 9 de dezembro.
A complexa rotina do ex-presidente nesse período reflete a multiplicidade de aspectos jurídicos e pessoais envolvidos em sua situação.






