No acumulado do ano, saldo continua bem mais fraco do que o observado no mesmo período em 2024, com exportações estáveis e crescimento das importações
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou nesta quarta-feira (6/8) os dados do comércio exterior no último mês de julho. De acordo com os números publicados pela pasta, o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 7,1 bilhões. No entanto, o resultado é menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando foi de US$ 7,6 bilhões.
Assim, a balança comercial teve queda de 6,3% nesta comparação. As exportações no período somaram US$ 32,5 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 25,2 bilhões. A corrente de comércio foi 6,3% superior a maio de 2024, com movimentação total de US$ 57,5 bilhões.
Em julho, as exportações no setor agropecuário fecharam praticamente estáveis em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nesta comparação, houve um ligeira avanço de 0,3%, com o último mês acumulando saldo de US$ 7,2 bilhões. O valor obtido com as vendas de milho recuaram 27,2; já no caso do café, houve avanço de 25,4%.
Também houve aumento de 3,6% nas exportações da indústria extrativa, que subiram para US$ 7,4 bilhões em valor total obtido nesse período. Já a indústria de transformação manteve a trajetória positiva, com crescimento de 7,4% na comparação com julho de 2024 e US$ 17,6 bilhões de saldo. O destaque foram as vendas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, que avançaram 46,9% em relação ao período anterior.
As exportações para os Estados Unidos, que introduzem a partir de hoje uma alíquota de 50% sobre as importações brasileiras, cresceram 3,8% frente ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o saldo também é positivo, com avanço de 4,2% em relação aos cinco primeiros meses de 2024. Por outro lado, as vendas de produtos e serviços para a Ásia e Oriente Médio recuaram 2,1% e 18,0% em julho, respectivamente.
Importações
No caso das importações, houve um crescimento de 20,9% na compra de produtos provenientes de países do sudeste asiático, como Vietnã, Filipinas, Malásia e Tailândia. Também houve crescimento de 18,2% na compra de bens e serviços dos Estados Unidos, nesse período.
As importações cresceram tanto no caso de bens de consumo quanto bens intermediários e de capital. No caso dos combustíveis, houve um recrudescimento de 6,7% em relação a julho de 2024, passando de US$ 2,6 bilhões para US$ 2,5 bilhões nesse período.
No acumulado do ano, a balança comercial segue mais fraca em 2025. Na comparação entre os dois períodos, a queda foi de 24,7%, com valor total obtido de US$ 37 bilhões. As exportações permaneceram estáveis em relação ao ano passado, enquanto as importações seguem em trajetória de alta, com crescimento de 8,3%.
Correio de Santa Maria, com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic)