Quinta-feira, 07/08/25

“Bolsonaro não merece ser privado do direito de ir e vir”, diz Celina Leão

Foto publicada pela vice-governadora do DF há duas semanas - (crédito: Reprodução Instagram @celinaleao)

Bolsonaro não poderá receber visitas, a não ser de seus advogados e outras pessoas previamente autorizadas pelo STF

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas) afirmou, na segunda-feira (4/8), que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é uma medida “drástica e desnecessária”. Para ela, o político não merece ser privado do “direito de ir e vir, nem da liberdade de expressão”.

“Não há sentença condenatória; ele tem endereço certo, compareceu a todos os atos processuais e atendeu a todas as demandas da Justiça. Como amiga pessoal, registro a minha solidariedade à família”, disse Celina.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro. “Infelizmente, antes da conclusão de seu julgamento, o ex-presidente já está condenado. Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado”, escreveu.

“Isso é grave, ainda mais se observarmos um processo que começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma Câmara e não pelo Pleno da Suprema Corte. Essa escalada política aprofunda as divisões que ferem o País e deixam o povo brasileiro em segundo plano. O país não aguenta mais ver seus problemas reais sendo deixados de lado, com os brasileiros reféns do crime organizado e sofrendo com a inflação e a falta de perspectivas, em meio a disputas que alimentam o caos e o confronto”, acrescentou Caiado.

A prisão domiciliar foi decretada por causa do descumprimento de medidas cautelares já impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, houve a publicação nas redes sociais de falas feitas por Bolsonaro, pelo telefone, durante as manifestações realizadas no domingo (3/8). O conteúdo foi postado por apoiadores, incluindo filhos do ex-presidente.

Na decisão, o ministro do STF ressaltou que as divulgações nas redes sociais demonstraram que houve a continuidade da tentativa de coagir a Corte e obstruir a Justiça. Bolsonaro não poderá receber visitas, a não ser de seus advogados e outras pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-presidente também está proibido de usar aparelho celular, diretamente ou por meio de terceiros. O ministro determinou, ainda, busca e apreensão de quaisquer celulares em posse do ex-presidente.

Réu na Ação Penal 2668, Bolsonaro responde pelo crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Correio de Santa Maria, com informações da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

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