Segunda-feira, 24/11/25

Bolsonaro relata “alucinação” sobre escuta em tornozeleira violada

Bolsonaro relata “alucinação” sobre escuta em tornozeleira violada
Bolsonaro relata “alucinação” sobre escuta em tornozeleira violada | Imagem: reprodução

Bolsonaro relata “alucinação” sobre escuta em tornozeleira violada

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante a audiência de custódia, que manipulou a tornozeleira eletrônica após sofrer o que descreveu como uma “alucinação” de que havia uma escuta instalada no equipamento. Ele foi preso preventivamente no sábado, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e está sob custódia em uma sala na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

O relato de Bolsonaro consta na ata oficial da audiência, conduzida por uma juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o documento, Bolsonaro disse que teve uma “certa paranoia” entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, atribuída por ele à interação inadequada entre dois medicamentos que estaria tomando – pregabalina e sertralina –, receitados por médicos diferentes.

Ele afirmou não dormir bem e ter um “sono picado”, o que teria contribuído para o episódio.

De acordo com a ata, Bolsonaro relatou que, por volta da meia-noite, usou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira, alegando ter curso para operar esse tipo de equipamento. Ele disse ainda que abandonou a tentativa após “cair na razão” e, em seguida, comunicou o que havia feito aos agentes.

O trecho da ata registra que o ex-presidente afirmou que teve “alucinação de que tinha alguma escuta na tornozeleira” e que, por isso, tentou abrir a tampa do dispositivo. Ele disse não se lembrar de ter tido “surto dessa natureza” anteriormente.

Contexto da Prisão de Bolsonaro

Família não presenciou a ação

Bolsonaro contou ainda que estava em casa com a filha, o irmão mais velho e um assessor, mas que nenhum deles percebeu a manipulação da tornozeleira, porque todos dormiam no momento em que ele usou o ferro de solda.

Ele disse ter parado de mexer no aparelho por volta da meia-noite, pouco antes de o sistema de monitoramento registrar a violação que motivou o alerta enviado ao STF.

Durante a audiência, Bolsonaro foi questionado sobre possível intenção de romper o equipamento para fugir. Ele negou, afirmando que “não tinha qualquer intenção de fuga” e que “não houve rompimento da cinta”, embora admitindo a manipulação com o ferro de solda.

Bolsonaro também tentou minimizar a vigília convocada por Flávio Bolsonaro, afirmando que o local fica a cerca de 700 metros de sua casa e que, segundo ele, não permitiria tumulto que facilitasse uma fuga.

A audiência de custódia não tratou do mérito da prisão preventiva, o que cabe ao ministro Alexandre de Moraes. O papel da juíza auxiliar foi verificar as condições legais da captura e colher a manifestação do preso.

Ao fim da sessão, a juíza homologou a regularidade do cumprimento do mandado, registrando que Bolsonaro não relatou abusos por parte dos agentes. A análise sobre a violação da tornozeleira, a eventual tentativa de fuga e as demais medidas será feita diretamente por Moraes.

Detalhes da Audiência de Custódia

A **audiência de custódia**, realizada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, trouxe detalhes sobre a manipulação da tornozeleira eletrônica. Bolsonaro relatou ter tido uma “alucinação” sobre a existência de uma escuta no aparelho.

Para mais informações sobre o caso, acesse Consultor Jurídico.

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