Segunda-feira, 24/11/25

Deutsche Bank avalia como a IA está impulsionando a economia

Deutsche Bank avalia como a IA está impulsionando a economia
Deutsche Bank avalia como a IA está impulsionando a economia | Imagem: reprodução

Deutsche Bank avalia como a IA está impulsionando a economia

Há cerca de três anos, a OpenAI introduziu seu modelo ChatGPT, gerando entusiasmo em torno da inteligência artificial. Esse fenômeno impulsionou as ações de tecnologia e os mercados acionários mundiais.

Apesar disso, a influência da tecnologia no mercado permanece inalterada.

Inteligência artificial como motor econômico

Essa tendência tornou-se notável na economia global, conforme apontado por analistas do Deutsche Bank. Eles caracterizaram a inteligência artificial como uma “faísca, acelerador e fonte de combustível” para o crescimento econômico.

Em relatório, os estrategistas, liderados por Adrian Cox, observaram que a inteligência artificial já está impulsionando a economia de diversas formas, mesmo antes de afetar consideravelmente a produtividade. Isso ocorre “pelo menos por enquanto”, segundo a análise.

Os analistas afirmaram que “a inteligência artificial deflagrou um frenesi não só pela promessa de reabilitar economias com baixo crescimento de produtividade em algum momento no futuro”. A tecnologia “já impulsiona o crescimento com despesas de capital, valorizações crescentes e pequenas eficiências atualmente”, além da expectativa de novos vencedores e perdedores no mercado.

A visão predominante entre os economistas, referente à inteligência artificial, indica um aumento da produtividade entre 0,5% e 0,7% ao ano. Essa projeção se baseia na automação de mais de um quarto das tarefas, conforme relatam os analistas.

Ademais, preveem-se centenas de bilhões de dólares em gastos de capital para infraestrutura de inteligência artificial, como centros de dados que hospedam os chips para modelos de inteligência artificial. As despesas totais deverão registrar um aumento de aproximadamente 20% ao ano até o fim desta década.

Valorizações elevadas em companhias de inteligência artificial podem gerar um “efeito riqueza” de cerca de 2 centavos por dólar. Espera-se que a inteligência artificial “reduza as fricções na economia”, resultando em “efeitos deflacionários leves”. Grandes empresas continuarão a expandir-se, e novos participantes encontrarão nichos inovadores também, previram os analistas.

Riscos e perspectivas

Todavia, os especialistas alertaram para a possibilidade de um cenário em que o crescimento da inteligência artificial se converta em um “colapso”. Nesse contexto, os custos de implementação e as falhas de produção limitariam substancialmente os ganhos de produtividade. A bolha de investimentos, então, estouraria ou dissiparia, resultando em data centers ociosos e investidores com perdas financeiras, destacaram os analistas.

Em uma perspectiva mais abrangente, os analistas preveem que a inteligência artificial se estabelecerá como uma “tecnologia de uso geral”. Similarmente à eletricidade, ela servirá como alicerce para futuras inovações. O Fórum Econômico Mundial discute os impactos econômicos da inteligência artificial em detalhe. Mesmo que a tecnologia não evolua além do estágio atual, serão necessários anos para compreender seu potencial. Integrá-la a sistemas e capacitar as pessoas para maximizar seus benefícios também demandará tempo, conforme os estrategistas.

A inteligência artificial está impulsionando a economia.

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