Sexta-feira, 05/09/25

GO: Falsa biomédica vai a júri popular por morte de influenciadora após procedimento estético

Reprodução

O caso aconteceu em junho de 2024, depois de uma aplicação de PMMA nos glúteos da vítima

A Justiça de Goiás decidiu que a falsa biomédica Grazielly da Silva Barbosa vai a júri popular pela morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, após um procedimento estético realizado em Goiânia. O caso aconteceu em junho de 2024, depois de uma aplicação de PMMA nos glúteos da vítima. A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida, e foi proferida nesta segunda-feira (1º/9).

Segundo consta nos autos, a modelo, que era do Distrito Federal, viajou para Goiânia onde Grazielly tinha uma clínica de estética. A vítima morreu dias após passar pelo procedimento, que custou R$ 3 mil. Conforme consta nos autos, testemunhas afirmaram que o material utilizado era de origem duvidosa, supostamente trazido do Paraguai, e que a esteticista misturava o PMMA com óleo antes da aplicação.

Grazielly, que era dona da clínica, chegou a ser detida, mas conseguiu uma decisão que determinou a prisão domiciliar dela.

O juiz Jesseir Coelho entendeu que há provas suficientes da materialidade e indícios claros de autoria, pronunciando Grazielly pelos crimes de homicídio qualificado, exercício ilegal da medicina e crime contra o consumidor. Ela vai a júri popular, mas seguirá respondendo ao processo em liberdade. A data do julgamento ainda não foi informada.

Relembre

Aline contratou os serviços de Grazielly para aumentar os glúteos, no dia 23 de junho. A modelo retornou para o DF juntamente com o marido e logo depois começou a passar mal. Familiares contaram que a jovem de 33 anos teve febre e dor na barriga.

Os parentes entraram em contato com a clínica de estética, que recomendou apenas um remédio para dor de cabeça. No dia 27 de junho, a modelo desmaiou e foi levada para um hospital privado. Ela ficou internada e morreu no dia 2 de julho.

Conforme as investigações, a clínica não tinha arquivos de prontuários e não fazia fichas de anamnese para saber se os pacientes eram aptos aos procedimentos. Exames pré-operatórios também não eram solicitados e os contratos de serviços não eram entregues. O local foi interditado.

Correio de Santa Maria, com informações da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *