Sábado, 19/07/25

Interlocutora de facção, “Dama do Crime” é presa em Belo Horizonte

Interlocutora de facção, “Dama do Crime” é presa em Belo Horizonte
Dama do Crime foi preso num apartamento de cobertura no Bairro Buritis - (crédito: Instagram)

Mulher é a interlocutora do Comando Vermelho e era casada com cabeça da facção

Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, interlocutora do Comando Vermelho. Esta é Anne Casaes, de 38 anos, presa preventivamente, pela Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (15/7). Ela é conhecida como a “Dama do Crime” e a prisão ocorreu dentro da Operação Reversus.

A “Dama do Crime” foi casada com o ex-chefe do tráfico do Comando Vermelho, Júnior Gago, que morreu na Bolívia, em 2023. O corpo dele e de um outro homem estavam num veículo incendiado, em área de mata, na província de San Matias.

A Operação Reversus é realizada conjuntamente pela Polícia Civil, Agência Central de Inteligência da secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais e Polícia Civil do Mato Grosso.

Essa não foi a primeira prisão da “Dama do Crime” pela polícia mineira. Ela já foi investigada e presa anteriormente pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

“De acordo com os levantamentos, Anne exerce um papel estratégico na articulação entre lideranças do CV em diferentes unidades federativas, atuando principalmente na comunicação interestadual e na lavagem de capitais oriundos do tráfico de entorpecentes e de outras atividades ilícitas. Essas ações têm como objetivo dissimular a origem de recursos financeiros e facilitar seu reinvestimento em atividades criminosas, especialmente nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais”, diz nota da Polícia Civil.

A prisão

“A “Dama do Crime” foi presa, nas primeiras horas desta manhã, numa cobertura do Bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte (MG), onde morava.

Anne era considerada uma pessoa de grande importância para o Comando Vermelho. Toda a estratégia de comunicação da facção criminosa, em especial dos chefes, era organizado por ela, em todo o país.

A operação Reversus investiga a organização criminosa envolvida em fraudes bancárias. E nesse esquema está incluído a lavagem de dinheiro.

A lavagem era feita em duas capitais, Belo Horizonte e Cuiabá (MT), onde o dinheiro do tráfico era lavado com negociações de vendas de veículos e compra e venda de gado. As operações realizadas por ela eram centradas em Minas Gerais e no Mato Grosso.

A operação Reversus cumpre outros 26 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão, nos dois estados. O próximo passo da investigação foca em fraudes bancárias coordenadas pela “Dama”.

Correio de Santa Maria, com informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais

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