Informação foi confirmada pela advogada dele, Valéria Cristina dos Santos Mamede, que disse também que entraria com o habeas corpus
A Justiça decretou após audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (30), a prisão preventiva do psicólogo Arthur Vinícius Silva de Lima, 32 anos, preso em Catalão na segunda-feira (28) pela morte do cantor Bruno Gama Duarte, no Bosque dos Buritis, em Goiânia. A informação foi confirmada pela advogada dele, Valéria Cristina dos Santos Mamede, que disse também que entraria com o habeas corpus.
A decisão considerou que existem elementos que ligam Arthur ao homicídio, como um vídeo, mensagens de Bruno enviado a amigos, dizendo que era ameaçado, além do carro do suspeito no momento da fuga. Ele vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e por ter dificultado a defesa da vítima.
Mas ainda conforme a advogada, a prisão ocorreu cerca de 48 horas após o crime, sem perseguição contínua ou mandado judicial válido no momento da captura. Afirma, também, que o mandado de prisão temporária só foi expedido 51 minutos depois da detenção, o que, segundo a defesa, torna o ato nulo.
A defesa também aponta que a audiência de custódia, que por lei deve ocorrer em até 24 horas, foi realizada fora do prazo. Segundo Valéria, isso reforçaria a necessidade de relaxamento da prisão.
“Encontro fortuito”
Segundo a defesa, não houve premeditação no crime: “Foi um encontro fortuito, uma agressão iniciada por terceiro e reação imediata, matéria a ser depurada na instrução, sem gravidade abstrata a autorizar uma medida tão extrema.” Valéria também nega que a ex-mulher de Arthur tenha oferecido provas contra o suspeito, pois atualmente está morando no Maranhão e estaria, inclusive, em contato com os sogros. Tese da Polícia Civil, porém, é de que o investigado tenha forjado uma conta falsa com dados da ex para atrair a vítima para o bosque.
Sobre o crime
O psicólogo e professor universitário, de 32 anos, suspeito de matar o cantor Bruno Gama Duarte, 36, na noite de sábado (26), teria usado fotos da ex-namorada para atrair o músico ao Bosque dos Buritis, em Goiânia, conforme a polícia. A mulher teria um relacionamento com o artista. Testemunhas relataram que, antes do ataque, os dois discutiram em voz alta do lado de fora do parque.
O suspeito fugiu em um carro preto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, quando a equipe chegou, Bruno já estava sem vida.
A Guarda Civil Metropolitana também esteve no local. Bruno, que já atuava como cantor e era filho único, estava terminando sua graduação em Música pelo Instituto Federal de Goiás. Segundo a polícia, todo o crime foi premeditado, incluindo a estratégia para atrair a vítima, a rota de fuga e o uso de veículos planejados com antecedência.
Correio de Santa Maria, com informações da Justiça do Estado de Goiás