A música perdeu um de seus ícones nesta segunda-feira (24). A família confirmou que Jimmy Cliff, considerado um dos maiores nomes da história do reggae, morreu aos 81 anos. A informação foi divulgada em um comunicado publicado no Instagram oficial do artista, que ressaltou a importância do cantor para a cultura jamaicana e para a expansão do gênero pelo mundo.
Segundo a nota assinada pela esposa, Latifa, o músico “cruzou para o outro lado após uma convulsão seguida de pneumonia”. Ela agradeceu familiares, amigos, colegas de trabalho e fãs que acompanharam a extensa trajetória do artista. “Seu apoio foi sua força ao longo de toda a carreira. Ele apreciava profundamente cada fã”, escreveu. Latifa também citou o trabalho do Dr. Couceyro e da equipe médica que cuidou do cantor no período crítico.
O comunicado, assinado também por Lilty e Aken, pede respeito à privacidade da família e informa que novas atualizações serão divulgadas posteriormente. Autor de clássicos como “Many Rivers to Cross” e “The Harder They Come”, Jimmy Cliff marcou gerações e desempenhou papel fundamental na consolidação do reggae como movimento cultural global.
Nascido em 1944, o artista despontou nos anos 1960 e logo se tornou um dos primeiros a levar o gênero para além da Jamaica, abrindo caminhos antes mesmo de Bob Marley alcançar projeção internacional. Além de cantor e compositor, Jimmy Cliff também foi ator e ganhou destaque mundial com o filme “The Harder They Come” (1972), no qual interpretou músicas que se tornariam hinos, como “You Can Get It If You Really Want”.
Dono de um timbre marcante e de letras inspiradoras, o artista transitou entre ska, rocksteady, reggae e influências de soul, construindo uma obra celebrada pela crítica e pelo público. Ao longo da carreira, recebeu prêmios importantes e, em 2010, entrou para o Rock & Roll Hall of Fame.






