Segunda-feira, 24/11/25

Nanotecnologia Nacional Promete Elevar o Sabor do Lúpulo na Cerveja

Nanotecnologia Nacional Promete Elevar o Sabor do Lúpulo na Cerveja
Nanotecnologia Nacional Promete Elevar o Sabor do Lúpulo na Cerveja | Imagem: reprodução

Nanotecnologia e a Cadeia Produtiva do Lúpulo no Brasil


A nanotecnologia surge como ferramenta para otimizar o aproveitamento do lúpulo, matéria-prima essencial para a indústria cervejeira, especialmente a de cervejas artesanais. O desenvolvimento de novas tecnologias visa superar desafios logísticos e de competitividade no setor.


Pesquisa com foco em extração de lúpulo


Pesquisadores, com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), desenvolveram uma solução que utiliza a extração com fluido supercrítico de CO₂ (SFE-CO₂) para otimizar o aproveitamento do lúpulo. O estudo foi realizado com lúpulos peletizados.


Otimização da Extração de Lúpulo e Seus Benefícios


A pesquisa teve como objetivo principal aumentar o rendimento de lupulina, composto responsável pelo amargor e aroma da cerveja. A tecnologia SFE-CO₂ demonstrou um ganho significativo de eficiência em comparação com métodos tradicionais.


Impacto no Mercado e na Produção


Em 2023, o Brasil produziu aproximadamente 180 toneladas de lúpulo em 53 hectares cultivados, enquanto a demanda por cerveja ultrapassa 15 bilhões de litros anualmente. Apenas uma parcela da produção, cerca de 41 milhões de litros, utilizou exclusivamente lúpulo nacional.


A tecnologia SFE-CO₂ pode aumentar a produção em até 20%, e gerar extratos mais concentrados e de fácil armazenamento.


Benefícios e Perspectivas para a Cadeia Produtiva


A pesquisa demonstra que o cultivo de lúpulo é estratégico para o país. Além de reduzir a dependência de importação, a tecnologia fortalece pequenos e médios produtores e diversifica a agroindústria. O preço do lúpulo alcançou até US$ 60 o quilo em 2025.


Validação e Escopo do Estudo


O processo com CO₂ supercrítico atingiu 72% de alfa-ácidos no extrato, em comparação com 9% do método convencional.


O estudo também analisou o “lúpulo gasto”, o resíduo após a extração, que apresentou atividade antioxidante e presença de compostos com potencial para a bioeconomia.


A tecnologia de extração supercrítica com CO₂ representa um avanço para otimizar a viabilidade econômica da cadeia do lúpulo no Brasil. A pesquisa foi publicada na revista científica Springer Nature.


O desenvolvimento de tecnologia para o lúpulo nacional visa fortalecer a indústria cervejeira e, consequentemente, a economia do país. A nanotecnologia é um dos pilares para o crescimento do setor.


Para mais informações sobre o setor, acesse Ministério da Agricultura e Pecuária.


A cadeia produtiva do lúpulo e o uso da nanotecnologia demonstram o potencial de inovação no agronegócio.


O uso da nanotecnologia tem um papel crucial na evolução da produção de lúpulo.

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