28/09/2019 às 18h21min - Atualizada em 28/09/2019 às 18h21min

Juiz põe hackers Chiclete e Luiz Molição em prisão preventiva

Eles foram presos na segunda fase da Operação Spoofing, que investiga o hackeamento de autoridades como o presidente Bolsonaro e Moro

O juizado da 10ª Vara Federal do Distrito Federal converteu as prisões temporárias de Thiago Martins, o Chiclete, e Luiz Molição, detidos na segunda fase da Operação Spoofing, em preventivas. A audiência de custódia dos dois hackers, presos no último dia 19, foi marcada para a tarde da próxima segunda-feira (30/09/2019), aponta a Assessoria de Imprensa da Justiça Federal do DF. São informações do Estadão.

Segundo a PF, Chiclete se encontrou com Walter Delgatti Neto, o Vermelho, em Brasília. Ele já esteve envolvido em um episódio de compra de uma Land Rover com Tulio Guerreiro, ex-jogador de futebol do Botafogo e do Corinthians – a transação não se concluiu.

Já com relação a Molição, a PF acredita ter encontrado uma conversa que aponta para o envolvimento do hacker com o vazamento de mensagens do coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sérgio Moro publicadas pelo site The Intercept.

 

Também foram encontradas, segundo relatado pelo procurador da República Wellington Divino Marques de Oliveira na representação pela segunda fase da Spoofing, conversas do aplicativo Telegram em que Luiz Henrique Molição instrui Walter Neto a enviar uma nota para um jornalista através da conta da deputada federal Joice Hasselmann.

Líder do grupo
Walter Delgatti Neto, o Vermelho, foi preso na primeira etapa da operação e é apontado como líder do grupo. Ele confessou o hackeamento e disse que não cobrou contrapartidas financeiras para repassar os dados.

Além de Delgatti Neto, foram presos da primeira fase da Spoofing, no dia 23 de julho, Gustavo Henrique Santos, o DJ de Araraquara, sua mulher, Suellen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques.

O grupo seria responsável pela invasão de celulares pelo menos 1.000 pessoas, entre elas autoridades como o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Justiça Sérgio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato, inclusive Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa


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