Um dia depois de ver a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão em sua casa e no seu escritório — após pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes —, a reportagem do Metrópoles flagrou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, na manhã deste sábado (28/09/2019), em uma distribuidora de bebidas no Lago Sul. O local é o mesmo onde, em 2017, ele foi fotografado com Pierpaolo Bottini, advogado do grupo JBS.
Perguntado pelo Metrópoles por que estava ali, Janot respondeu: “Porque aqui é o meu lugar”. Segundo o ex-PGR, ele só vai se pronunciar sobre o caso na semana que vem. “Estou pensando em como vou me posicionar diante dessa crise”, disse. Sempre mexendo no celular, o ex-chefe do Ministério Público Federal estava bebendo cerveja, acompanhado por uma pessoa que parecia ser segurança.
Confira fotos de Janot na distribuidora:
Janot vai a distribuidora de bebidas no Lago Sul: "Aqui é o meu lugar"
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Janot disse que vai se pronunciar sobre o caso na semana que vemAndré Borges/Especial para o Metrópoles
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O ex-procurador geral ficou quase todo o tempo no celularAndré Borges/Especial para o Metrópoles
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Rodrigo Janot aproveitou o sábado para tomar uma cerveja geladaAndré Borges/Especial para o Metrópoles
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Em entrevista, o ex-PGR afirmou ter ido armado para uma sessão do STFAndré Borges/Especial para o Metrópoles
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O escritório e o apartamento de Janot foram alvos de mandados de buscaAndré Borges/Especial para o Metrópoles
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Reportagem do Metrópoles flagrou o ex-procurador geral em momento de folgaÉrica Montenegro/Metrópoles
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Janot disse que vai se pronunciar sobre o caso na semana que vemAndré Borges/Especial para o Metrópoles
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O ex-procurador geral ficou quase todo o tempo no celularAndré Borges/Especial para o Metrópoles
O impasse envolvendo o ministro do STF e o ex-PGR começou quando Janot declarou, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ter tido a intenção de assassinar Gilmar Mendes. Revelou que foi armado ao Supremo, mas não conseguiu consumar o fato. A ideia era matar o magistrado e se suicidar em seguida.
Ao saber das declarações, Gilmar Mendes afirmou que nunca imaginou haver “um potencial facínora na PGR” e enviou um ofício a Moraes. O magistrado pediu medidas cautelares que garantissem a sua segurança.
Entenda
O ex-procurador-geral disse que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com o objetivo de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. “Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou Janot.