O governador Ibaneis Rocha determinou que o comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) instaure Conselho de Justificação para decidir se o coronel Francisco Eronildo Feitosa Rodrigues deve ser mantido ou não nas fileiras da corporação.
A ordem do chefe do Executivo local foi publicada nesta segunda-feira (14/10/2019), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O oficial foi preso em 14 de novembro de 2018, após ser acusado de corrupção quando chefiava o Departamento de Logística e Finanças (DLF) da PMDF.
Segundo investigações da Polícia Civil do DF e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Feitosa – que recebe salário de R$ 17.398 – participava de um esquema de cobrança de vantagens indevidas em contratos para prestação de serviços de manutenção em viaturas, além de burlar procedimentos licitatórios.
O Conselho de Justificação é formado por cinco coronéis. Eles vão decidir pela expulsão ou manutenção de Feitosa da instituição. O texto publicado no DODF, assinado pelo governador, diz que Feitosa “utilizava-se de terceiros para, indiretamente, exigir o pagamento de valores indevidos junto às empresas que possuíam contratos com a corporação”.
Francisco Feitosa foi detido no âmbito da Operação Mamon. Antes de ter o pedido de soltura deferido em janeiro deste ano, a defesa havia enfrentado recusa do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do juiz Henaldo Silva Moreira, da Auditoria Militar do DF. Agora, Francisco responde ao processo em liberdade.
Em janeiro de 2016, mesmo depois de ser denunciado por crime sexual e embriaguez em horário de trabalho – duas situações que foram alvo de apuração interna e constrangeram a Polícia Militar –, o coronel Francisco Rodrigues foi escolhido chefe do Departamento de Logística e Finanças (DLF) do subcomando-geral da corporação.
Da acusação de atentado violento ao pudor, ele acabou absolvido pela Auditoria Militar do Distrito Federal.