Desde Edmund Burke, o famoso contraponto da Revolução Francesa, até as últimas palestras do Padre Paulo Ricardo e de Olavo de Carvalho, as definições de conservadorismo pouco mudaram nesses duzentos e cinquenta anos.
Basicamente, ser conservador é estar mentalmente saudável ou buscar sinceramente essa saúde, errando cada vez menos. É promover o que funciona, por meio do trabalho e da clara distinção entre o que presta e o que não presta; entre o que nos pertence e o que não nos pertence.
É por isso que todos os países livres e prósperos estruturaram-se em torno do conservadorismo. Países para onde migram todo tipo de destruidor: esquerdistas, muçulmanos, mafiosos, traficantes; sendo os EUA, a Austrália, o Canadá, a França e a Alemanha os melhores exemplos dos que atualmente sofrem fortes ataques dos gafanhotos.
Conservadorismo é, portanto, ação rumo ao Bem; e o que Bolsonaro faz em sua vida particular e na Presidência do país reflete de modo admirável o que os maiores intelectuais conservadores teorizaram e constataram.
Quando Bolsonaro afirma que devemos ter respeito às tradições, ou quando diz que prefere terminar obras inacabadas do que começar obras novas, ele ecoa Burke, que frisava que não há avanço real sem entendimento e preservação das boas conquistas.
E quando ele afirma que opção sexual é de foro íntimo, e que não pode ser marca distintiva de nenhum cidadão e nem gerar uma classe privilegiada, está dizendo a mesmíssima coisa que é formulada com elegância e sofisticação por Roger Scruton.
Quando Bolsonaro se recusa a ver índios e negros como internos de zoológicos, mas insistindo que são cidadãos como todo o resto da população, apenas repete o que Thomas Sowell escreveu em vários de seus livros.
E quando ele diz com todas as letras que vagabundo precisa deixar de ser vagabundo se não gosta de ser tratado como vagabundo, apenas resume o que Theodore Dalrymple coloca de modo detalhado em suas obras.
E ao defender a propriedade, a família e o direito da população se armar, Bolsonaro repete de modo sólido, claro e correto o que foi dito por grandes homens do Ocidente, a exemplo de Thomas Jefferson e George Washington.
Este é o fato: todos os esquerdistas – desde os isentões, passando por jornalistas e políticos, e chegando até a massa de manobra – não odeiam Bolsonaro porque ele é “tosco”.
Os esquerdistas odeiam Bolsonaro porque sabem, instintiva ou intelectualmente, que ele é um autêntico conservador; sendo, portanto, não apenas um obstáculo real para a proliferação das máfias progressistas, mas um verdadeiro catalisador da direita brasileira.