12/01/2020 às 07h05min - Atualizada em 12/01/2020 às 07h05min

General compara o STF à boate gay ‘Gaiola das Loucas’

Marta Nobre
NOTIBRAS

 

Perseguido pelo Supremo Tribunal Federal – chegou a ter o apartamento invadido por agentes da Polícia Federal, sob suspeita de espalhar fake news contra os ministros da Corte -, o general Paulo Chagas deu o troco nesta sexta, 10, em postagem nas redes sociais.

A cutucada veio em resposta à decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, ao liberar a Netflix para manter no ar a produção que apresenta Jesus Cristo como homossexual. O general não se deu por rogado. E comparou o Supremo à Gaiaola das Loucas.

Paulo Chagas deu o troco na moeda certa. Se o assunto são gays e seus apêndices na telinha e na telona, nada melhor a comparação. A Gaiola das Loucas, para quem não se recorda, é uma produção francesa justamente sobre a infestação de gays.

O filme tem como cenário uma boate em Paris onde se apresentam travestis. O clube é administrado por um velho casal homossexual, a vedete Zaza (Michel Serrault) e Renato (Ugo Tognazzi). O filho de Renato resolve levar a noiva, filha de uma família tradicional, para conhecer os seus pais. O casal tenta esconder seu estilo de vida, mas a situação fica complicada quando a moça leva o pai, um deputado conservador, para jantar com os novos parentes.

Homem de memória privilegiada, e critico contumaz das exceções do Supremo, Paulo Chagas publicou nas redes sociais trecho do despacho de Toffoli, ao liberar a exibição de ‘Jesus Gay’, proibida, um dia antes, por um magistrado do Rio.

“Considerando que não é de se supor que uma sátira humorística tenha o condão de avaliar valores da fé cristã, insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros, sem prejuízo de nova apreciação do tema pelo STF”, justificou, assim, Toffoli em sua decisão, Paulo Chagas permitiu-se, humoristicamente, perguntar: seria este (o conjunto de ministros do Supremo) o elenco de ‘A Gaiaola das Loucas’?

Em outro post, na mesma sexta, 10, o general Paulo Chagas foi ainda mais lacônico. Disse ele, textualmente: “Dias Toffoli foi coerente com o seu conceito de respeito e de moralidade ao liberar a nojeira produzida pelos apologistas da ‘Porta dos Fundos’. Seria estranho ele tomar outra atitude. Afinal, todos os que o tornaram famoso já estão condenados pela Lava Jato. Eles têm liberdade para ser nojentos e eu de achar todos eles imorais”.


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