Uma funcionária presa por furto em uma loja de roupas em Goiânia desviava dinheiro para pagar o advogado em outro processo também por furto em um salão de beleza. A informação é do delegado do caso, Diogo Luiz Barreira. Segundo ele, da outra empresa que a suspeita trabalhava, ela desviou R$ 25 mil.
“A mulher alegou desviar o dinheiro para pagar despesas com um advogado, em outro processo. É um processo antigo que ela tinha, com um mandado de prisão por furto de R$ 25 mil, em um salão de beleza que ela trabalhava”, disse o delegado, ao g1.
O portal não conseguiu contato com a defesa da suspeita até a última atualização desta reportagem.
Segundo Diogo, no salão de beleza a suspeita também desviava o dinheiro da mesma forma que fazia na loja de roupas. Nessa última empresa, a mulher era responsável pelo marketing e tinha acesso ao aparelho celular das contas bancárias da proprietária e fez ao menos seis transações de PIX para a conta do marido.
Questionado se o esposo da vítima é investigado, Diogo respondeu que não há indícios da participação dele. “O marido dela não é investigado, à princípio. Ele, pelo que parece, não sabia deste golpe”, declarou o delegado.
Entenda o caso
Uma funcionária de uma loja de roupas em Goiânia, que não teve a identidade revelada pela polícia, foi presa na segunda-feira (11). De acordo com o delegado Diogo Luiz Barreira, a suspeita fez aproximadamente seis transferências da conta bancária da empresa para uma conta do esposo, o que totalizou R$ 7 mil.
Na loja, segundo Diogo, ela era responsável pelo departamento de marketing e, por isso, tinha acesso ao aparelho celular, por eram acessadas as contas bancárias da proprietária, que desconfiou de transações realizadas. O delegado ressalta que a mulher conseguiu ver a senha da chefe e decorar os números. Com isso, utilizou para realizar as transações. Na delegacia, a funcionária confessou o crime.
"Ela disse que pegou o telefone da proprietária escondido, em um momento de distração, inseriu a senha no aplicativo e fez a transferência", afirmou o delegado.
A polícia relatou que a mulher foi detida em casa, onde foram encontrados dois celulares da empresa. Um deles, ela não tinha autorização para uso externo. A suspeito foi autuada por furto qualificado com abuso de confiança e por reincidência no crime.
Na audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em preventiva. Caso seja condenada, as penas somadas podem variar entre 4 e 8 anos de prisão.