Ainda de acordo com o pastor, pelo menos 10 pessoas pegaram garrafas, supostamente com vinho, baldes com outro tipo de líquido e passaram a despejar nas paredes da igreja. Em um determinado momento, os participantes do culto o seguraram e começaram a jogar vinho nele.
“Me colocaram para fora a tapas. Levantei as mãos e disse que aquilo não era necessário. Não entendi o motivo de tanta agressividade. Nunca passei por isso na vida. Nunca fui tão humilhado. Tripudiaram a minha honra”, destacou Dowel.
A esposa do religioso chegou ao local, começou a filmar e também foi alvo de agressões. “Chamaram de macaca preta, demônio e macumbeira. Só porque a minha mulher é negra. Nos tornamos vítimas justamente de tudo 0 que combatemos, intolerância, violência, racismo, injúria, preconceito”, completou Dowel.
A Polícia Militar foi acionada. O religioso disse que a pastora “amaldiçoou os policiais” e se recusou a ir para a delegacia.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil. Uma denúncia também foi registrada no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Max Dowel mora em São Paulo e chegou a Brasília há uma semana para participar de eventos religiosos. A reportagem não conseguiu contato com os representantes da Igreja Voz que Clama no Deserto. O espaço segue aberto para manifestação